Ciência

Surpresa: sonda japonesa de cabeça para baixo ressuscita na Lua

Agência espacial japonesa anunciou que conseguiu obter contato com a missão SLIM. Sonda enfrentou problemas com motor durante pouso
Imagem: JAXA/Divulgação

Nesta segunda-feira (29), a JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) anunciou que a sua sonda SLIM “ressuscitou” na Lua. Os japoneses afirmaram que conseguiram restabelecer comunicação com o módulo e que ele retornou às operações.

O SLIM (Módulo de Pouso Inteligente para Investigar a Lua, na sigla em inglês) teve um pouso difícil na Lua. No último dia 20 de janeiro, devido a falha de um motor, o módulo chegou à superfície em uma posição inclinada. Desse modo, os painéis solares ficaram desalinhados, gerando preocupações sobre se eles receberiam luz solar suficiente para recarregar suas baterias.

Japão divulga foto de sua sonda na Lua (de cabeça para baixo)

Foto da sonda SLIM na superfície da Lua, após problema em motor. Imagem: JAXA/Takara Tomy/Sony Group Corporation/Doshisha University

Poucas horas após o pouso, com a energia do módulo em 12%, a agência japonesa tomou a difícil decisão de desligar a sonda na Lua. Antes de desligar, a equipe conseguiu baixar dados e imagens valiosos da descida do SLIM e da cratera onde pousou.

Agora, nove dias depois do pouso na Lua, em uma publicação no X, a JAXA, afirmou que a exploração científica recomeçou logo depois da sonda lunar “reviver”.

Japão na Lua

O pouso do SLIM foi um marco para o Japão, sendo a quinta nação a conseguir executar um pouso suave na Lua. Este grupo inclui apenas Estados Unidos, União Soviética, China e Índia.

O SLIM pousou a apenas 55 metros de seu alvo. Esta precisão foi uma conquista significativa, especialmente comparada à típica faixa de pouso de vários quilômetros.

Além disso, JAXA também anunciou a implantação bem-sucedida de duas pequenas sondas: para perambular pela superfície lunar e enviar imagens de volta à Terra.

Enquanto isso, outros países, incluindo Rússia, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, além dos EUA, também estão fazendo seus movimentos em direção à exploração lunar.

Aliás, recentemente, a Astrobotic, uma empresa dos EUA, enfrentou um contratempo quando seu módulo lunar Peregrine vazou combustível, se desintegrando na atmosfera da Terra dias depois.

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