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Táxis aéreos vão ficar para depois? Pioneira no setor é fechada após 12 anos

A 1ª empresa de táxis aéreos, Kittyhawk, anunciou o fim de suas atividades após 12 anos no mercado de aviões elétricos de decolagem vertical

Carros aéreos vão ficar para depois? Pioneira no setor é fechada após 12 anos

Imagem: Kittyhawk/Reprodução

A empresa de táxi aéreo Kittyhawk anunciou o fim de suas atividades na última quarta-feira (21). “Tomamos a decisão de encerrar Kittyhawk. Ainda estamos trabalhando nos detalhes do que vem a seguir”, relatou um comunicado no Twitter

A companhia, apoiada pelo bilionário cofundador do Google, Larry Page, foi inaugurada em 2010 como pioneira no mercado de aviões elétricos de pouso e decolagem vertical (eVTOLs). 

O objetivo era criar uma aeronave que pudesse ser pilotada remotamente e também fosse menor, mais leve e apta a decolar de praticamente qualquer lugar.  

A meta de custos era menos de US$ 1 por 1,6 quilômetro, o que tornaria os táxis aéreos mais baratos que os carros de carona. 

Com o tempo, a startup percebeu que o negócio era mais desafiador do que o esperado. As discussões sobre o preço e viabilidade de táxis aéreos logo esbarraram na segurança dessas aeronaves. Só em 2022 foram dois acidentes com esse tipo de transporte. 

E o mercado de táxis aéreos? 

Agora, a expectativa é que a Kittyhawk continue apenas com a Wisk Aero, fabricante de eVTOLs junto com a Boeing. A fabricante de aviões investiu US$ 450 milhões na parceria em 2019. 

O setor ainda tem concorrentes, como as norte-americanas Joby Aviation e  Archer Aviation, a alemã Lilium NV e a brasileira Eve. Em comum, todas enfrentam perspectivas incertas para esses veículos no futuro. 

Além disso, ainda não há regulamentação da nova geração de máquinas voadoras para o transporte de seres humanos. O fechamento da Kittyhawk mostra como é difícil entrar no mercado – mesmo com ajuda de um aparato multimilionário. 

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