O Telescópio Espacial Hubble captou uma nova imagem da galáxia “água-viva” JW39, localizada a mais de 900 milhões de anos-luz de distância, na direção da constelação Cabeleira de Berenice.
Para imaginar o quão longe ela está, tenha em mente que há 8,3 minutos-luz entre o Sol e a Terra – e o diâmetro estimado da Via Láctea é de cerca de 100 mil anos-luz.
Esta é uma das galáxias que o telescópio tem estudado nos últimos dois anos, segundo a ESA (Agência Espacial Europeia). Ela recebe o nome de “água-viva” porque ela está no interior de um aglomerado de galáxias: um ambiente caótico em que a atração gravitacional das galáxias distorcem umas às outras de diversas maneiras.
No aglomerado, as galáxias estão rodeadas por um plasma superaquecido. Por isso, elas experimentam alguma resistência à medida que se movem através dele, como se nadassem contra a corrente. Essa interação pode alterar a aparência de uma galáxia, cujo gás e poeira se afastam do centro e se esticam em longas tiras. Às vezes, essas tiras se tornam semelhantes aos tentáculos de uma água-viva — daí o seu nome.
É isso que está acontecendo na JW39, como capturado em detalhes pelo Hubble na imagem divulgada na última sexta-feira (26). O ambiente da galáxia água-viva é particularmente extremo para a formação de estrelas. Mas os astrônomos descobriram, a partir da última foto, que este processo não era notavelmente diferente nos tentáculos da galáxia, em comparação ao seu núcleo.