Telescópio no Chile capta os restos da explosão de uma grande estrela
O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou a imagem de uma bela nebulosa formada a partir da morte explosiva de uma antiga estrela massiva. A vista das nuvens coloridas em laranja e rosa foram captadas por um telescópio instalado no Chile.
A estrutura observada está localizada a 800 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Vela, sendo esta uma das mais próximas do nosso planeta. Ela foi formada há cerca de 11 mil anos, quando uma estrela com pelo menos oito vezes o tamanho do nosso Sol explodiu em uma supernova.
O fenômeno ocorre nos estágios finais da vida de estrelas massivas. Quando elas começam a perder combustível, uma instabilidade no seu processo de fusão nuclear acaba por gerar uma grande e espetacular explosão, fazendo-a brilhar tanto quanto uma galáxia inteira.
“Essas explosões causam ondas de choque que se movem através do gás circundante, comprimindo-o e criando intrincadas estruturas semelhantes a fios. A energia liberada aquece os tentáculos gasosos, fazendo-os brilhar intensamente, como visto nesta imagem”, diz o ESO.
A imagem captada tem 554 milhões de pixels, e utilizou quatro filtros diferentes nas cores magenta, azul, verde e vermelho, o que ajudou a revelar detalhes do remanescente da supernova em Vela. Isso também permitiu criar o vídeo abaixo, onde é possível voar pelos restos da estrela morta:
As imagens foram feitas no Telescópio de Pesquisa VLT, localizado na montanha Cerro Paranal, situado a cerca de 2.600 metros de altitude, no deserto do Atacama, no Chile. O instrumento tem abertura de 2,6 metros e é considerado um dos maiores observatórios do mundo projetado para estudar o céu na luz visível.
Além do vídeo, o ESO também divulgou a imagem abaixo, onde é possível ver detalhes de 12 regiões da intricada nebulosa foramda pela supernova de Vela.