Não é de hoje que o TikTok começou investir em conteúdos mais longos para competir com outras plataformas de vídeo como o Vimeo e, principalmente, o YouTube. Agora, a plataforma está testando uma nova possibilidade que pode transformar a experiência de usuários e também dos criadores.
A rede social chinesa, que já permite vídeos de até dez minutos e em formato paisagem, agora testa uploads de conteúdo com até 1 hora de duração. Os testes ainda são bastante limitados e apenas alguns usuários tiveram acesso à novidade, que ainda não tem previsão oficial de lançamento.
A novidade foi divulgada por Matt Navarra no Threads. A empresa confirmou para alguns usuários e veículos de mídia que está mesmo realizando os testes. Mas não se pronunciou publicamente nem deu maiores detalhes sobre o funcionamento da plataforma.
O TikTok ficou conhecido pelo modelo de vídeos verticais curtos. E agora está tentando ganhar espaço também com outros formatos. Para isso, está aproveitando sua grande base de usuários formada, em sua maioria, por jovens e adolescentes.
No ano passado, a plataforma de streaming Peacock disponibilizou um episódio inteiro de “Killing it” em algumas plataformas de vídeo. No entanto, em razão da limitação de tempo dos vídeos do TikTok, o conteúdo foi dividido em cinco partes de dez minutos.
Esta mudança no limite de tempo dos vídeos da rede social poderia ser uma maneira de diversificar o tipo de conteúdo. Ou seja, abriria espaço para mais opções de entretenimento e até conteúdos educacionais.
EUA vs TikTok
Os testes acontecem em meio à batalha entre o governo Biden e a plataforma chinesa, que pode estar com os dias contados nos Estados Unidos.
Anteriormente, no mês passado, o presidente Joe Biden sancionou uma legislação que pode banir o TikTok dos EUA. Após a lei entrar em vigor, a ByteDance, empresa que controla a plataforma, tem cerca de nove meses para transferir as operações em território americano para um comprador local.
A empresa chinesa, no entanto, não dá indícios de que cederá à pressão dos políticos locais e foi à justiça para contestar a decisão. Por fim, alguns membros da comunidade de criadores de conteúdo dos Estados Unidos também são contra a determinação. E, até o momento, oito processos já foram abertos contra o Estado.