Tubarão megalodonte poderia comer uma baleia assassina com apenas cinco mordidas, diz estudo

De acordo com o artigo publicado na revista Science Advances, o megalodonte poderia abrir sua mandíbula em quase 2 metros de largura
Tubarão megalodonte poderia comer uma baleia assassina com apenas cinco mordidas, sugere estudo
Imagem: JJGiraldo/Reprodução

O tubarão megalodonte foi um dos maiores predadores que já existiu na Terra. O gigante, que viveu entre 23 e 2,6 milhões de anos atrás, podia alcançar os 16 metros de comprimento, superando o tamanho de um ônibus não articulado.  

Uma equipe internacional de pesquisadores resolveu obter mais informações sobre as proporções do animal. Então, utilizaram evidências fósseis para criar um modelo 3D do tubarão. Foi considerada no estudo a coluna vertebral de um megalodonte que morreu há 18 milhões de anos, a qual estava guardada em um museu belga desde a década de 1860.

De acordo com os cientistas, o tubarão seria capaz de devorar presas do tamanho de uma orca – também conhecida como baleia assassina – com apenas cinco mordidas. O estudo completo foi publicado na revista Science Advances.

Para ter uma ideia, o megalodonte poderia abrir sua mandíbula em quase 2 metros de largura. Uma bela abocanhada para um animal que precisava ingerir mais de 98 mil calorias por dia para se sustentar. E haja espaço para comida: o volume estomacal do megalodonte era de quase 10 mil litros. 

O gigante, que tinha entre duas a três vezes o tamanho de um tubarão-branco, não era nada leve. O artigo indica que o animal pesava cerca de 70 toneladas – o equivalente a 10 elefantes. Eles também eram nadadores rápidos, capazes de vagar pelo oceano durante meses caso estivessem de barriga cheia. 

Mas o tamanho não trouxe apenas vantagens para o animal. Um estudo publicado na revista Nature Communications sugere que o megalodonte foi extinto devido a disputa por alimento entre a espécie e o tubarão branco. Ambos buscavam pelas mesmas presas, mas o menor parece ter tido vantagens na hora de se alimentar, já que necessitava de menos comida.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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