Túmulo “vampírico” é descoberto em antigo palácio na Polônia
Na última quinta-feira (12), arqueólogos descobriram um túmulo “vampírico” em um antigo palácio da igreja uniata, em Góra Chełmska, na Polônia.
O palácio é parte de um complexo da atual Basílica da Natividade da Virgem Maria, ambos construídos durante o início do século 18.
Antes disso, o local era uma antiga igreja ortodoxa (uniata) e um monastério, situado próximo a uma colina no norte da Polônia, de acordo com uma publicação do órgão de conservação de Lublin.
Segundo a publicação, arqueólogos encontraram esqueletos de duas crianças sepultadas em covas sem caixão no palácio do bispo da Igreja uniata. Os esqueletos estavam de bruços, com o crânio virado para o lado direito.
De acordo com os arqueólogos, os esqueletos são do século 13, com base nas camadas de sedimentos que encontraram no local.
No entanto, as sepulturas foram encontradas em um lugar sem vínculo com os cemitérios da cidade, surpreendendo os arqueólogos e historiadores.
Aliás, a surpresa maior é que os túmulos na Polônia possuíam elementos considerados “vampíricos”, ou melhor, “anti-vampiros”, de acordo com os arqueólogos.
Túmulo vampírico
O túmulo da Polônia entra na categoria de “sepulturas fantasmagóricas”, geralmente descristas como algo “vampírico” ou “anti-vampiro”.
Conforme o folclore medieval europeu, o termo “fantasmagórico” se refere a um indivíduo que volta à vida como um espírito, ou um zumbi, para aterrorizar as pessoas.
Além da Polônia, arqueólogos já descobriram sepulturas fantasmagóricas em vários lugares da Europa. Todos túmulos encontrados possuem evidências de precauções para evitar que os mortos voltem a vida.
Algumas dessas evidências são enormes pedras nas pernas dos mortos ou perfurar o corpo com uma lança para fixá-lo no chão.
No caso do túmulo “vampírico” encontrado na Polônia, a cabeça da criança, aparentemente, foi removida do seu corpo. Além disso, o crânio estava para baixo e havia pedras na região do tórax.
O local onde estava o túmulo vampírico, segundo os arqueólogos, servia para que membros da Igreja Uniata da Polônia monitorassem quaisquer sinais de reanimação.
“Enterrar mortos com o rosto para o chão, decepar a cabeça ou colocar pedras no corpo são alguns dos métodos para prevenir que uma pessoa supostamente demoníaca deixe a sepultura”, afirmaram os arqueólogos.
Os arqueólogos escavaram as sepultaras e enviaram os esqueletos para análises antropológicas, que vão fornecer mais insights sobre a descoberta incomum do túmulo “vampírico” na Polônia.