Virou quase que uma tradição da Samsung. Em todas as edições da CES, a empresa dá uma amostra sobre novas tecnologias e lançamentos para televisores. Na edição deste ano da feira de Las Vegas, tivemos basicamente três anúncios, sendo que boa parte tem conexão com itens já previamente exibidos pela empresa.
Vamos às novidades da companhia:
MicroLED
A Samsung vem desenvolvendo a tecnologia MicroLED já há um tempo. Inclusive, na edição do ano passado, a empresa exibiu algumas demonstrações voltadas para aplicações corporativas. No entanto, neste ano a companhia anunciou a disponibilização de produtos com esta tecnologia para o consumidor final. De bate pronto, uma das características do modelo é a possibilidade de ele ser modular. Então, você consegue, por exemplo, conectar múltiplos painéis MicroLED para criar novas combinações.
Do ponto de vista técnico, a tecnologia é uma espécie de combinação entre TVs OLED e LED. Como explica o site britânico WhatHiFi, não existe um backlight nos painéis MicroLED e ele é composto por LEDs não orgânicos, mais especificamente, três por pixel.
Cada um desses pixels podem ser ligados ou desligados individualmente ou exibir uma cor diferente do pixel ao seu lado. Na prática, isso possibilita imagens com melhor contraste e um controle mais aprimorado das cores. Além disso, contam com níveis de preto bem escuros e prometem menor consumo de energia.
Por ora, a companhia disponibilizará em mercados selecionados modelos nos tamanhos de 75, 88, 93 e 110 polegadas, e não há detalhes sobre lançamento no Brasil.
Talvez o que tem mais de parecido com isso localmente é o cinema 4K montado pela Samsung no shopping JK Iguatemi em São Paulo. A tela é composta por vários módulos de display grudados magneticamente, formando um telaço de 455 polegadas.
Novas 8K QLED
As TVs chegaram antes dos conteúdos 8K. Então, para este ano a Samsung apostou em melhorias de software e em um tapa no visual da série Q950.
O modelo vem com o processador AI Quantum Processor 8K, que ajuda a fazer o “upgrade” de conteúdos que não sejam 8K usando deep learning. A TV inclusive fará este tipo de operação em vídeos do YouTube — no ano passado, vimos um pouco como a empresa trabalha com o upscalling.
Fora isso, a TV tem suporte à tecnologia HDR10+ e adotou o codec AV1, que, segundo a empresa, permite taxas melhores de compactação de arquivos e recursos de áudio como amplificador de voz ativo.
No que diz respeito a design, o modelo tem o que a empresa chama de Infinity Design. Isso basicamente quer dizer que o aparelho tem uma proporção tela/corpo de 99%, com bordas mínimas. Resumindo: você vê muita tela e há pouquíssimos detalhes para tirar sua atenção.
Na parte de software, o aparelho, que vem com a plataforma Tizen, pode ser uma central de controle de itens de internet das coisas e ainda exibir dados de saúde do Samsung Health, a central de saúde da empresa que coleta dados de vestíveis da marca ou de smartphones Galaxy.
The Sero, uma TV que “deita”
O nome pode ser esquisito pra gente, mas Sero significa vertical em coreano. A ideia da TV é tentar emular a experiência que as pessoas têm ao assistir alguns vídeos em smartphones.
O aparelho poderá ficar tanto na horizontal como na vertical. A mudança de posição, segundo a marca, ocorre conforme a orientação do conteúdo exibido no smartphone
A ideia parece bem maluca, mas a Samsung parece apostar que a geração Z vai curtir bem este tipo de truque, ainda mais num mundo em que apps como TikTok ou mesmo os Stories do Instagram são feitos majoritariamente na vertical.
Falamos da The Sero em abril de 2019, mas só agora que a empresa está dando mais detalhes sobre seu funcionamento e disponibilidade fora da Coreia do Sul. Segundo a Samsung, vários mercados deverão receber modelos durante o ano de 2020, inclusive o brasileiro.