União Europeia proíbe uso do TikTok em celulares corporativos

EUA investigam envio de dados de usuários americanos para a China. TikTok nega ter vínculos com governo chinês
Com algoritmo afiado, TikTok avança na concorrência com o Google
Imagem: Solen Feyissa/Unsplash/Reprodução

Nas últimas semanas, Canadá, Estados Unidos e União Europeia determinaram a proibição do uso do TikTok por autoridades e funcionários do governo. Tudo isso ocorre em uma momento de questionamentos em torno das políticas de privacidade adotadas pela plataforma da ByteDance.

Desde o mandato do ex-presidente Donald Trump, o governo americano e parlamentares dos partidos Democrata e Republicano levantam preocupações a respeito do aplicativo de vídeos curtos. Alguns políticos acreditam que o app pode entregar informações coletadas de usuários americanos ao governo chinês. Já foram levantadas até preocupações sobre a plataforma estar sendo utilizada para espionagem.

Os EUA também investigam o envio massivo de dados de usuários para a China. A ByteDance afirma que não tem nenhum vínculo com o governo chinês e que não teve espaço para responder às acusações do governo americano. O porta-voz da empresa, Brooke Oberwetter, considerou que as proibições de uso não passam de “teatro político”.

A empresa já externou os planos de transferir os banco de dados de usuários americanos para os Estados Unidos, em uma tentativa de amenizar os ânimos dos congressistas do país. No entanto, as desconfianças em torno do app continuam e aumentam na medida que as tensões entre Washington e Pequim se intensificam.

Alguns acontecimentos acabam colocando a plataforma chinesa contra a parede. Em 2019, a empresa removeu post sobre a situação dos uigures, uma minoria muçulmana que se concentra na província de Xinjiang. Além disso, houve denúncias de que moderadores foram obrigados a deletar conteúdos desfavoráveis ao governo chinês.

Toda a história ainda parece estar bem longe de terminar. E, após a União Europeia também proibir o uso do TikTok em smartphones de autoridades, o futuro da plataforma fica cada vez mais incerto. Enquanto isso, a ByteDance tenta dialogar com autoridades governamentais e negociar uma forma de evitar o completo banimento.

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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