Pelo menos uma em cada 12 estrelas são as chamadas “comedoras de planetas”, diz um novo estudo que utilizou o satélite Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
O que diz o estudo da ESA das estrelas
O estudo, publicado na revista Nature, indica que as estrelas do tipo solar, aquelas que compartilham características semelhantes ao nosso próprio Sol, podem frequentemente englobar material rochoso – os mesmos materiais que compõem planetas terrestres como a Terra, Marte e Vênus.
Este processo de “alimentação” altera a composição química da estrela, deixando uma assinatura que pode ser detectada por astrônomos aqui na Terra.
A metalicidade, uma medida da abundância de elementos químicos em uma estrela, é um indicador chave neste processo, diz a pesquisa.
Estrelas com alta metalicidade são consideradas mais propensas a desenvolver sistemas planetários. No entanto, a presença de planetas menores não parece estar vinculada a uma metalicidade específica, o que abre novas perguntas sobre a formação e destruição de sistemas planetários.
A pesquisa expande nossa compreensão do universo e destaca a natureza dinâmica e, por vezes, violenta, das relações estelares.
O Sol vai engolir a Terra?
Segundo os cientistas, nossa estrela está atualmente em sua “meia-idade”, tendo ultrapassado mais de um terço de sua vida. A idade estimada é de cerca de 4,57 bilhões de anos.
Segundo cálculos dos astrônomos, a estrela continuará com a mesma aparência atual até atingir 8 bilhões de anos de idade.
A partir daí, devido à falta do combustível hidrogênio para efetuar a fusão nuclear, a estrela começará a esfriar e aumentar de tamanho. Assim, se transformando em uma estrela gigante vermelha – quando tiver entre 10 e 11 bilhões de anos de existência.
O Sol chegará ao fim de sua vida logo após a fase de gigante vermelha. Quando, eventualmente, ela começará a perder a maior parte de sua atmosfera para se tornar uma anã branca tênue, do tamanho da Terra.
Durante o processo de se tornar em uma gigante vermelha, o Sol aumentará de tamanho, aproximando-se gradualmente e engolindo os planetas Mercúrio, Vênus e, possivelmente, a Terra.