Ursa polar rejeitada pela mãe reencontra irmã gêmea após dois anos
A ursa polar Laerke, rejeitada pela mãe ao nascer, reencontrou sua irmã gêmea Astra no zoológico de Detroit, nos EUA, depois de dois anos separadas.
Os animais nasceram em novembro de 2020 e passaram a dividir a toca com seus pais, Suka e Nuka, dois ursos polares mantidos em cativeiro desde o nascimento. Mas Laerke passou a ter problemas de saúde logo nos primeiros dias de vida e precisou deixar sua família para o tratamento.
Depois da recuperação completa, a equipe médica tentou introduzir o animal novamente ao seu local original – o que não ocorreu como esperado.
“Suka [a mãe] era muito protetora com seu filhote Astra e agia agressivamente com a segunda filha, que passou a não reconhecer mais como sua”, explicaram os porta-vozes do zoológico de Detroit ao site LiveScience.
Laerke, então, ficou em um espaço separado da família durante o processo de reintegração para que não corresse o risco de ser ferido pela mãe.
Em janeiro, Astra também foi para um novo espaço, pois atingiu a idade na qual os ursos polares deixam suas mães para formar a própria família. Essa foi a oportunidade perfeita para reunir as duas irmãs novamente.
Reencontro
O zoológico compartilhou imagens emocionantes da ursa polar Astra e Laerke juntas em 17 de abril. “Irmã, irmã, você não sabe o quanto senti sua falta”, diz a legenda no Facebook.
https://www.facebook.com/detroitzoo/posts/pfbid02XTPgrXdhoU79xL5eGrhAtTCMHS1a9SNAXvE67eGBG94BjSTCih33hgbmZrsdJp1nl
Agora, os tutores dos animais monitoram as irmãs de perto até que se familiarizem completamente e comecem a passar menos tempo juntos. Isso é normal no comportamento dos ursos polares adultos, que tendem a se isolar na natureza.
Também é comum que mães ursas rejeitem seus filhotes depois que eles têm acesso a humanos. Isso porque esses animais ficam mais estressados quando dão à luz em cativeiro.
O motivo: dietas inadequadas e falta de espaço para vagar fazem com que pais e filhos desenvolvam complicações de saúde. Assim, menos da metade sobrevive aos primeiros 30 dias de vida, segundo um relatório de fevereiro da organização Born Free.
A Polar Bears International, por outro lado, afirma que os zoológicos são essenciais para a conservação desses animais, uma vez que as mudanças climáticas devem acabar com a maioria das populações selvagens até o final do século, alerta a entidade.