Ciência

Vídeo ao vivo: por que este vulcão entrou em erupção na Islândia

Erupção já era esperada; cidade próxima ao vulcão já foi evacuada em novembro e população não deve se aproximar do local
Imagem: Toby Elliott/ Unsplash/ Reprodução

Na noite da última segunda-feira (18), o vulcão do sistema Fagradalsfjall entrou em erupção na península de Reykjanes, na Islândia. Desde o final de outubro, o IMO (Instituto Meteorológico Islandês) emitiu alertas de que havia intensa atividade sísmica na região e que a erupção era possível a qualquer momento. 

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No local, que fica a 40 quilômetros da capital, Reykjavik, moram cerca de quatro mil pessoas. No entanto, devido às previsões, a cidade mais próxima de Fagradalsfjall foi evacuada. Dessa forma, não houve feridos.

Segundo o Iceland Monitor, essa é a quarta erupção na área nos últimos três anos. O vulcão segue sob atividade e você pode acompanhar ao vivo no link abaixo:

Linha do tempo

O sistema vulcânico Fagradalsfjall permaneceu inativo por mais de 800 anos, mas voltou a se movimentar nos últimos anos. De modo geral, a Islândia está localizada em uma região chamada Dorsal Mesoatlântica. Ali marca a fronteira de duas placas tectônicas, que estão se afastando.

Desde o fim de outubro, especialistas registraram dezenas de milhares de tremores próximos a Fagradalsfjall. Sob o alerta, pesquisadores acompanharam também que o nível de magma se acumulou embaixo da superfície terrestre. 

Então, o governo islândes declarou estado de emergência no país. No início de novembro, a cidade de Grindavík começou a ser evacuada e o spa geotérmico da Lagoa Azul — um ponto turístico local conhecido — foi fechado.

A situação se estendeu até agora. De acordo com o Iceland Monitor, tremores da terra começaram pouco antes da erupção. Então, uma fissura se abriu no chão – segundo o IMO, com 3,5 quilômetros de comprimento – e passou a expelir entre 100 e 200 metros cúbicos de lava por segundo. 

Esse é um volume acima da média de erupções anteriores. Abaixo, veja o momento em que a atividade se iniciou.

Céu e chão de lava

Especialistas acreditam que as plumas de magma, como são conhecidos os jatos de lava, atingem entre 100 e 150 metros de altura. Há relatos de que elas podem ser vistas de Reykjavik, capital da Islândia.

Assista abaixo a fissura se expandindo.

A erupção aconteceu ao norte de Grindavik, a apenas dois quilômetros da central geotérmica de Svartsengi, fato que preocupa especialistas. Agora, a atividade sísmica segue em direção à cidade. Por enquanto, a polícia avisou a população para ficar longe do local. 

O que acontece agora

Segundo autoridades locais, a atividade vulcânica começou a diminuir. No entanto, especialistas do IMO alertam que esse não é um sinal de que a erupção vai acabar, mas sim de que ela está atingindo um equilíbrio.

Até agora, especialistas acreditam que o acontecimento não vai interromper o tráfego aéreo. De acordo com o ministro de Relações Exteriores da Islândia, as rotas de voos internacionais seguem abertas. Contudo, há vários atrasos.

A preocupação é de que a lava avance e estrague estruturas, como as casas da cidade de Grindavik e o spa geotérmico da Lagoa Azul. Embora o presidente Gudni Johannesson tenha dito que a prioridade era proteger vidas, ele também se comprometeu a proteger a infraestrutura local.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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