Vírus do coronavírus: cibercriminosos espalham malware a partir de vídeos sobre doença
O coronavírus já tem quase 10 mil casos confirmados, matou 213 pessoas e foi considerado um “estado de emergência internacional de saúde pública” pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A nova doença, no entanto, é menos letal do que outros vírus, apesar de se espalhar com mais facilidade. Com as atenções voltadas para o 2019-nCoV, cibercriminosos estão aproveitando para espalhar malwares. É o vírus do coronavírus.
A empresa de cibersegurança Kaspersky detectou que malwares disfarçados de documentos com informações sobre o coronavírus estão sendo espalhados ao redor do mundo. Os documentos vêm em .pdf, .mp4, e .docx e seus nomes indicam que contêm instruções sobre como se proteger da doença, atualizações sobre a ameaça e até procedimentos de detecção do vírus. Tudo balela.
“Até agora vimos apenas 10 malwares exclusivos usando o tema do coronavírus. Como golpes usando temas populares na mídia são comuns, acreditamos que esses ataques só tendem a aumentar conforme as infecções e repercussão sobre o surto do coronavírus crescem”, comenta Anton Ivanov, analista de malware da Kaspersky, em comunicado enviado à imprensa.
Os pesquisadores alertam que as ameaças podem “destruir, bloquear, modificar ou copiar dados, além de interferir na operação de computadores ou redes de computadores”.
Como se proteger
A melhor forma de obter informações confiáveis sobre o coronavírus é em veículos de comunicação confiáveis e nos sites oficiais de órgãos de saúde, como a página da OMS ou do Ministério da Saúde.
Além disso, evite abrir links recebidos via WhatsApp, e-mail ou redes sociais que digam conter informações sobre a nova doença. E, como avisar nunca é demais, não encaminhe para colegas.
Outras dicas simples incluem dar uma olhada na extensão do arquivo e nem chegar perto se for um .exe ou .lnk. Usar um bom antivírus pode ser uma boa.
Por fim, o surto do coronavírus ainda não chegou no Brasil e, mesmo se houver algum caso confirmado, não há motivos para pânico. A letalidade do vírus é menor do que de outros surtos, como o da SARS. O Ministério da Saúde monitora nove casos suspeitos no Brasil: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Paraná (1) e Ceará (1).