A empresa de serviços financeiros Visa vai começar a vender ingressos para eventos no Brasil em NFTs. Já que um NFT não pode ser substituído, a ideia é usar a tecnologia prevenir fraudes e permitir a revenda dos ingressos forma mais segura.
A iniciativa é uma parceira com a plataforma de criptomoedas Bitfy. Os ingressos digitais poderão ser rastreados e validados pelos compradores ao se tornarem NFTs registrados em carteiras virtuais.
A tecnologia blockchain, usada para validar os NFTs, é a base de criptomoedas, como bitcoin e ethereum, por exemplo. Segundo a Visa, a tecnologia vai reduzir diversas vulnerabilidades exploradas por golpistas. A
“Outro fator importante é que as promotoras de eventos terão uma melhor visibilidade de vendas de seus ingressos, evitando números inflacionados de vendas. O resultado final é uma melhor experiência de compra e venda para todos os envolvidos, modernizando e digitalizando todo o setor de eventos”, disse a Visa em um comunicado.
Patente para cripto, NFT e metaverso
Essa não é a primeira iniciativa da Visa no mercado de criptomoedas e blockchain. Em outubro de 2022, a empresa entrou com dois pedidos de marca registrada no Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos relacionados a carteiras digitais, NFTs e o metaverso.
A entrada da Visa no segmento vem na sequência de outras grandes empresas, como a American Express e a bolsa de valores de Nova York, que apresentaram pedidos semelhantes no ano passado.
Além de permitir a conversão de criptos para pagamentos usando seus cartões, a Visa anunciou que estuda o que pode ser uma mudança significativa no universo blockchain.
O que é NFT?
NFT é a sigla em inglês para “non-fungible tokens” (ou “token não fungível”). O token é como um um selo (no sentido de liberar ou acessar algo). Fungível significa qualquer coisa que possa ser substituída por outra da mesma espécie.
Token não-fungível é único e, por esse motivo, tem uma autenticidade que nenhum outro produto conseguirá obter.
É possível fazer a seguinte associação: imagine, por exemplo, o quadro “Mona Lisa”, de Leonardo Da Vinci. Trata-se de uma obra mundialmente conhecida, e qualquer pessoa pode buscar pela imagem da peça na web, baixar no computador, imprimi-la e usá-la de fato como um quadro. Só que, mesmo com milhões de cópias, a obra original — que está exposta no Museu do Louvre, na França, e valeria milhões de dólares — é única.
Comprar o NFT dessa obra seria como ter o direito de dizer que se tem o original em casa. Ainda que outras pessoas possam fazer imagens e acessá-la, o direito à posse acaba sendo exclusivo. Fez sentido, leitor?