WhatsApp não terá anúncios no chat, mas não descarta outras áreas do app

Chefe do WhatsApp ressaltou que não pretende colocar anúncios na “caixa de entrada”, mas não descarta publicidade em outras áreas do app
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Imagem: Pixabay/Reprodução

Aplicativos gratuitos costumam recheados de anúncios — o que pode comprometer a experiência do usuário. Mas a Meta garante que esse não vai ser o caso do WhatsApp. Bom, pelo menos, não no meio das conversas. É o que apontou o chefe da plataforma, Will Cathcart, em uma entrevista à Folha de S. Paulo.

Cathcart disse que o mensageiro não tem planos de apresentar anúncios entre as mensagens. Além disso, ele apontou duas fontes principais de receita do aplicativo: serviços extras para empresas e o acesso à API.

A afirmação vai contra uma matéria do Financial Times deste ano que afirmava a Meta pensava em incluir anúncios no app. Cathcart, porém, afirma que a empresa não considera “colocar anúncios na caixa de entrada”. Para ele, “as pessoas, quando abrem sua caixa de entrada, não querem ver propaganda”.

Na sequência, o executivo defendeu que o WhatsApp continuará gratuito. Também reforçou pela segunda vez que o mensageiro não terá anúncios na caixa de entrada e na “experiência de mensagens”. Mas não descartou a possibilidade de adicionar publicidade em outras áreas do aplicativo, como os canais e o Status.

“Por exemplo, canais poderiam cobrar para que as pessoas se inscrevam, poderiam ser exclusivos para membros pagos, ou os proprietários talvez queiram promover o canal. Mas, não, não vamos colocar anúncios na caixa de entrada”, disse ao jornal.

Brasil é o país do WhatsApp

A Meta geralmente não divulga dados sobre o uso do WhatsApp. Mas Will Cathcart deu uma palhinha: “o Brasil é o país do WhatsApp”. Segundo o executivo, no ranking global de usuários inscritos, o país fica atrás da Índia e da Indonésia . O Brasil, por outro lado, possui um uso per capita elevado.

“É o país que envia mais mensagens no WhatsApp. De longe, o Brasil é o país que mais envia mensagens de áudio no mundo, quatro vezes mais do que qualquer outro. “Hoje o Brasil é o país que envia mais mensagens que desaparecem no WhatsApp. O Brasil, por causa da intensidade do uso do WhatsApp, é fundamental.”

A Folha também perguntou sobre as legislações da Índia e do Reino Unido que podem resultar na quebra da criptografia de ponta a ponta. Cathcart apontou que as medidas são “preocupantes”.

“Não acho que seria apropriado nós podermos ver o que todos estão dizendo, seria perigoso. Se tivéssemos acesso ao que todos estão dizendo, hackers poderiam conseguir acesso, governos estrangeiros também”, explicou.

Bruno De Blasi

Bruno De Blasi

Jornalista especializado em tecnologia e carioca da gema. Já passou pelas redações do iHelp BR, Olhar Digital, Tecnoblog e TechTudo. É fã de música, cultura nerd e cinema. Nas horas vagas, está lendo, programando ou tocando baixo.

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