Os jogos em nuvem deixaram de ser uma grande aposta para se tornarem uma realidade no mundo dos games. A modalidade tem se popularizado entre a comunidade gamer, principalmente, por possibilitar a execução de jogos em qualquer lugar e em qualquer dispositivo com acesso à internet — sem que ele tenha necessariamente um hardware específico para jogos.
Alguns serviços, como o Google Stadia, não tiveram o sucesso esperado e foram descontinuados. Por outro lado, plataformas como o GeForce Now, da Nvidia, e Xbox Cloud Gaming, da Microsoft, mostram que o modelo pode valer muito pena, não só para os jogadores, mas também para a as empresas que podem atingir uma nova parcela de clientes que jogam ocasionalmente.
No caso da plataforma do Xbox, ela ainda está em fase beta. Contudo, os usuários podem acessá-la na assinatura Ultimate do Game Pass, que além de oferecer toda a biblioteca de jogos para console e PC, ainda garante acesso ao serviço de jogos em nuvem da empresa. Confira:
Biblioteca de jogos
Um dos principais atrativos da plataforma de streaming de jogos da Microsoft é a grande oferta de jogos em nuvem. O usuário encontra jogos indies bastante populares como “It Takes Two” e “Cocoon”, por exemplo. Além disso, jogos de grandes estúdios como o remake de “Resident Evil 2”, “Assassin’s Creed Valhalla”, “Far Cry 6” e a nova versão de “Dead Space”, também podem ser executados remotamente.
Aliás, a plataforma adiciona todos os meses novos jogos à biblioteca, bem como existe a possibilidade de games que o assinante está jogando serem removidos do catálogo — já que sua disponibilidade depende bastante de acordos firmadas entre Microsoft, estúdios e distribuidores de jogos eletrônicos.
Tempo de espera
Um dos pontos que os jogadores mais reclamam do Xbox Cloud Gaming é o tempo de espera para iniciar a gameplay. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, ao clicar em “jogar”, o título não é executado instantaneamente. Na verdade, o jogador entra em uma fila de espera para começar a jogar. Isso pode levar desde alguns minutos até uma hora.
Em meados do ano passado, o serviço disponibilizou “GTA 5” no catálogo de jogos. De acordo, com algumas informações, a grande demanda em torno do título da Rockstar fez com que o tempo médio de espera médio tivesse um enorme salto, girando entre 50 minutos e 1 hora, o que certamente incomodou muitos assinantes e encoraja algumas pessoas a desistir de jogar.
Resolução
O vídeo que os servidores da Microsoft retornam para os usuários nem sempre têm a melhor resolução. Isso ocorre mesmo que a conexão atenda aos requisitos recomendados pela empresa. Isso pode não fazer muita diferença em jogos indies ou baseados em puzzles. Neles, os gráficos não são tão importantes, mas em jogos AAA (com gráficos mais complexos e mais elementos na tela), pode acabar incomodando bastante.
Latência
Um dos maiores desafios das provedoras de plataformas de jogos em nuvem é garantir uma latência baixa para todos os usuários. O tempo de resposta não vai importar na maioria dos jogos do catálogo disponível no Cloud Gaming. Porém, pode ser uma dor de cabeça em jogos competitivos, uma vez que ainda não se compara aos jogos executados localmente.
Um dos games mais populares do catálogo é “Fortnite”, que tem um modo Battle Royale bastante popular entre a comunidade gamer. Durante as partidas do jogo, a latência pode ser um pouco mais elevada do que os níveis que seriam considerados satisfatórios. Por isso, pode interferir diretamente na experiência do usuário.
Vale a pena?
Embora tenha problemas bem evidentes, como o tempo de espera, a resolução e principalmente o tempo de resposta em jogos competitivos, o Xbox Cloud Gaming pode ser muito útil para jogadores casuais que não querem investir muito dinheiro em um PC gamer ou console.
O Xbox Game Pass Ultimate custa R$ 49,99 no Brasil e permite que os assinantes acessem os jogos do catálogo em PCs, televisores, tablets e smartphones diversos, desde que tenham um controlador compatível — confira a lista de controles compatíveis neste link.