5 detalhes para ficar de olho nas especificações do seu próximo smartphone

O que você procura saber ao escolher um novo smartphone? Se ele roda Android ou iOS? O chip do processador? O tamanho e a resolução da tela? Quantas câmeras ele têm? Você provavelmente tem suas prioridades, mas não deixe de conferir essas características, que geralmente são esquecidas. • Como mudar o seu DNS deixa a sua […]
Sam Rutherford / Gizmodo

O que você procura saber ao escolher um novo smartphone? Se ele roda Android ou iOS? O chip do processador? O tamanho e a resolução da tela? Quantas câmeras ele têm? Você provavelmente tem suas prioridades, mas não deixe de conferir essas características, que geralmente são esquecidas.

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1. Modem e antenas

Imagem: Alex Cranz / Gizmodo

Todo telefone pode fazer e receber chamadas, é claro, além de gerenciar o fluxo de dados que entra e sai do aparelho, mas isso não quer dizer que todos eles fazem isso da mesma forma ou com a mesma eficiência. O modem dentro do smartphone é responsável por todo esse tráfego sem fio, e esta é uma das especificações que vale a pena analisar, especialmente quando começamos a nos mudar para o 5G.

A escolha do modem determina as velocidades máximas de upload e download que você pode esperar tanto no Wi-Fi quanto na rede da sua operadora, e a quais redes você pode se conectar enquanto estiver fora do país, e até mesmo se um telefone é capaz de incluir ou não o suporte dual-SIM. Os melhores modems podem funcionar bem com menos energia, o que significa mais vida útil da bateria.

Também procure o número de antenas incluídas: um telefone 4×4 MIMO (sigla em inglês para “entrada múltipla, saída múltipla”) tem quatro antenas para quatro fluxos de dados simultâneos, por exemplo, enquanto um telefone MIMO 2×2 tem dois. Esta é uma das diferenças entre o iPhone XR (2×2 MIMO) e o iPhone XS e iPhone XS Max (4×4 MIMO) que podem não ter aparecido imediatamente no dia do lançamento. O Galaxy S9 da Samsung, por sua vez, tem 4×4 MIMO.

Mais antenas normalmente equivalem a velocidades mais rápidas e a um sinal mais forte. É claro que os telefones de topo de linha só receberão as velocidades de ponta se também forem suportados pelas redes às quais estão conectados, o que nos leva de volta ao 5G — você só vai precisar de um telefone 5G quando já existir uma rede dessa tecnologia, claro.

Infelizmente, os modems não são tão fáceis de comparar e os fabricantes — Intel, Qualcomm, MediaTek e outros — nem sempre informam de maneira explícita os detalhes de seus produtos. Preste atenção no modem e nas antenas do seu telefone e pesquise os números do modelo, pois é um dos diferenciais entre aparelhos que podem ter um impacto real no uso diário.

2. Padrão IP de proteção

Foto: Sam Rutherford / Gizmodo

A classificação IP em um telefone (ou de qualquer outro dispositivo) refere-se a quão bem ele pode repelir poeira e água. O IP significa Proteção Internacional (ou, às vezes, proteção contra ingresso) e é gerenciado pela Comissão Eletrotécnica Internacional.

O primeiro dígito após o IP é a proteção contra “partículas sólidas” (leia-se poeira). No que diz respeito aos smartphones, ele vai de 0, que não é nenhuma proteção, a 6, que é à prova de poeira e significa que nenhuma partícula pode entrar na carcaça.

O segundo dígito diz respeito à proteção contra “ingresso de líquidos” (água). Para telefones, você verá de 0 (sem proteção) a 8 (imersão contínua na água). Números mais altos são usados às vezes (9K significa proteção contra água de alta temperatura), mas para telefones, IP68 é o padrão de excelência.

No entanto, os fabricantes têm alguma flexibilidade em definir o que o “8” em IP68 realmente significa, além da imersão contínua. Em cada folha de especificações do telefone, você deve ver uma menção à profundidade e ao limite de tempo que o telefone pode suportar. O Pixel 3, por exemplo, aguenta até 1,5 metro por 30 minutos.

Os fabricantes de smartphones não têm obrigação de especificar classificações de IP e podem usar termos como “à prova de respingos” ou “à prova d’água” — verifique as letras pequenas para descobrir exatamente o que isso significa. A boa notícia para os consumidores é que a maioria dos telefones mais novos agora oferecem esse padrão de impermeabilização e proteção contra poeira.

3. Velocidade de carregamento

Foto: Sam Rutherford / Gizmodo

Se você simplesmente conecta seu telefone na tomada todas as noites e se esquece dele, talvez nunca tenha pensado muito sobre a rapidez desse processo — se estiver em 100% pela manhã, você está pronto para seu dia. Só quando você está correndo de um lugar para outro ou com apenas dez minutos para abastecer seu telefone é que a velocidade de carregamento (com ou sem fio) começa a ser importante.

A rapidez com que o telefone carrega depende da maneira como o telefone é construído e da potência da rede elétrica ou do adaptador sem fio que você está usando. Você precisa de um telefone com suporte a carregamento rápido e de um adaptador de do mesmo tipo para encher a bateria o mais rápido possível. Se você já precisou carregar um celular na porta USB de um computador, sabe do que estamos falando.

Procure a potência do seu carregador, medida em watts (W), que é a corrente (geralmente listada como amperes ou A) multiplicada pela tensão (V). Anote também a taxa de carregamento listada nas especificações do aparelho. Os fabricantes gostam de implementar um conjunto de padrões proprietários de carregamento rápido, e este infográfico dá a você uma ideia de como eles se comparam.

A menos que você esteja usando um acessório vagabundo de alguma marca desconhecida, seu smartphone não vai explodir por estar usando um carregador muito poderoso. Os aparelhos de hoje contam com medidas de segurança para evitar que isso aconteça.

4. Processador de inteligência artificial

Imagem: Apple

Se você assistiu a qualquer um dos principais lançamentos de smartphones de 2018, viu referências a processadores aumentados com mais poderes de inteligência artificial — e a IA é realmente algo que vale a pena estar de olho na próxima vez que você for escolher um celular.

A arquitetura interna varia entre os fabricantes, mas a ideia básica é a mesma. Esses chips IA (ou subconjuntos de chips) são projetados para lidar com os tipos de cálculos necessários para o aprendizado de máquina, da mesma forma que os chips gráficos são projetados para lidar com os tipos de cálculos necessários para lidar com os pixels de um monitor.

Um dos exemplos mais fáceis de entender é o reconhecimento de imagem: esse componente fica com o trabalho de identificar qual das suas fotos inclui um cachorro ou de saber quando você está gravando um close de flores, para que o aplicativo da câmera possa ajustar as configurações da câmera de forma inteligente. Ser capaz de reconhecer rapidamente a sua voz através da IA é outro exemplo.

Todos os principais chipsets de todos as grandes fabricantes agora incluem algum tipo de processamento de IA, como o Neural Engine a bordo do processador A12 Bionic que equipa os iPhones lançados neste ano. Uma área onde você deve ver a diferença, além das que já mencionamos, está na velocidade e na suavidade dos aplicativos de realidade aumentada.

Embora seja difícil comparar um mecanismo do IA com o outro, esse é um motivo a mais para comprar um telefone mais novo e mais potente: uma maior parte do processamento de aprendizado de máquina necessário pode ser feito localmente, em vez de ser transferido para a nuvem. E, à medida que mais aplicativos são criados para esses chips, é mais provável que seu telefone acompanhe a tecnologia.

5. Suporte a HDR

Foto: Raul Marrero / Gizmodo

O HDR traz uma gama mais ampla de cores, uma imagem mais rica e mais detalhes nas partes claras e escuras de uma tela. Para visualizar vídeos e fotos em HDR, você precisa de um aplicativo que possa exibir o conteúdo no formato correto (como Netflix ou Amazon Prime Video, desde que esteja no plano certo) e um celular que ofereça suporte a HDR.

E agora existem muitos deles. Você verá com frequência menções ao HDR10, um dos formatos HDR mais populares (principalmente porque não custa nada licenciar). Há também o amplamente aceito Dolby Vision, que traz mais cores e melhor contraste do que o HDR10.

O que diabos é o HDR?

O Samsung Galaxy Note 9, para dar um exemplo, usa o HDR10. O iPhone XS da Apple, por sua vez, suporta HDR10 e Dolby Vision. Como você pode ver, pode ser meio complicado, mas ainda vale a pena procurar nas fichas de especificações do telefone.

Para aumentar a confusão, você precisa de um telefone especificamente compatível com seus aplicativos favoritos. O Netflix habilitado para HDR não funciona em todos os telefones compatíveis com HDR, embora a maioria dos modelos mais novos esteja coberta. Você pode verificar as listas para Android e iOS.

O HDR já está bem estabelecido como um padrão nos telefones e nos aparelhos de televisão, então é provável que, se você comprar um novo aparelho, ele venha com suporte a HDR. Preste atenção às menções sobre a qualidade da tela e sua resolução nas avaliações, pois esses fatores também serão importantes para uma boa experiência de visualização.

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