Tecnologia

Após ataque de mísseis ATACMS, Rússia dá sinal de guerra nuclear

O ataque da Ucrânia pode desencadear uma guerra nuclear com a Rússia. E o sinal foi enviado nesta quinta-feira (21).
Imagem: X/Reprodução

Após a Ucrânia usar mísseis ATACMS (Army Tactical Missile Systems, ou “Sistemas de Mísseis Táticos do Exército dos EUA”) contra a Rússia, a guerra pode tomar um rumo nuclear.

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Na última terça-feira (19), após autorização de Joe Biden, a Ucrânia usou mísseis ATACMS contra alvos no território da Rússia, que atingiram uma base militar na região de Bryansk.

ATACMS são mísseis norte-americanos de curto alcance que podem ser lançados de bases ucranianas. Esses mísseis conseguem atingir alvos em até 300 quilômetros de distância, bem como carregar ogivas nucleares ou munições.

A Ucrânia usou o míssil ATACMS para destruir um depósito de munições de uma base militar em território russo.

Por muito tempo, a Ucrânia não tinha permissão para usar mísseis ocidentais, como o ATACMS, para ataques na Rússia, mas o cenário mudou após a entrada de tropas da Coreia do Norte na guerra, bem como as eleições presidenciais americanas.

Antes de ceder a cadeira para Donald Trump, em 20 de janeiro, Biden acelera os planos para armar a Ucrânia contra a Rússia.

Por outro lado, Putin assinou um decreto autorizando a Rússia a usar armas nucleares em resposta a ataques em seu território que ameaçam a soberania do país. Além disso, quaisquer ataques à Rússia ou a seus aliados por parte de uma nação não nuclear, mas com apoio de uma nação nuclear, serão vistos como um ataque conjunto.

Desse modo, como os mísseis são dos EUA, o ataque da Ucrânia pode desencadear uma guerra nuclear com a Rússia. E a Rússia já deu o sinal…

Resposta da Rússia não foi uma guerra nuclear (ainda)

Nesta quinta-feira (21), a Ucrânia sofreu um ataque de um míssil balístico supostamente intercontinental da Rússia. No entanto, o míssil não continha uma ogiva nuclear. Militares ucranianos revelaram que o míssil era um RS-26 Rubezh, com alcance de 6.000 quilômetros.

Analistas consideram o RS-26 como um míssil intercontinental balístico, mas seu alcance é menor que a média de um míssil intercontinental e maior que a média de alcance intermediário. Ou seja, o RS-26 fica no meio-termo entre duas armas poderosas.

Conforme o Tratado de Redução de Armas Estratégicas, de 2010, o RS-26 é intercontinental. O tratado, assinado pela Rússia e pelos EUA, considera como míssil balístico intercontinental aqueles com “alcance superior a 5.500 quilômetros”.

Portanto, o ataque desta quinta-feira (21) é o primeiro uso de míssil balístico intercontinental da história, fato que o presidente ucraniano evidenciou em suas redes sociais.

Sendo intercontinental ou não, o sinal é: hoje a Rússia atacou sem uma ogiva nuclear, mas amanhã o míssil pode transformar a guerra.

De acordo com o Financial Times, imagens do ataque indicam que o míssil carregava veículos de reentrada independentes. Esses veículos abrigam bombas nucleares, preocupando nações sobre a possibilidade de um ataque mais grave por parte da Rússia.

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Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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