Ciência

Arqueólogos descobrem mais de 30 múmias em “Cidade dos Mortos” no Egito

As análises revelaram que 30% das múmias das tumbas recém-descobertas eram crianças com menos de dois anos.
Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação

No final de junho, arqueólogos descobriram mais de 30 tumbas de múmias em uma necrópole na cidade de Aswan, no Egito, batizando de “Nova Cidade dos Mortos”, em alusão à “Cidade dos Mortos” no Cairo.

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As tumbas datam do período Grego-Romano, há mais de quatro mil anos, contendo múmias, sarcófagos e outros artefatos.

Em 2019, uma missão de arqueólogos italianos e egípcios encontrou o enorme local de sepultamento no Egito.

As tumbas na “Nova Cidade dos Mortos” funcionaram durante 900 anos, com enterros ocorrendo entre os séculos VI e IX a.C. Cada uma das tumbas tem espaço para 30 a 40 múmias, segundo os arqueólogos, que afirmaram ter encontrado algumas famílias dentro delas.

A primeira tumba analisada na “Cidade dos Mortos” continha quatro múmias, duas dessas crianças. Os arqueólogos também encontraram restos mortais que provavelmente são dos pais.

Com isso, eles decidiram ampliar a investigação do local, encontrando centenas de tumbas até a última descoberta, em junho.

Escavação de tumbas da nova Cidade dos Mortos

Uma equipe de arqueólogos italianos e egípcios mapeando a área onde 300 tumbas foram descobertas. Imagem: EIMAWA/Divulgação

Nova descoberta de múmias é “única”

Até então, os arqueólogos descobriram (pelo menos) 300 tumbas. No entanto, a descoberta recente é única, pois os cômodos funerários se estendem por dez andares na colina. Normalmente, tumbas desse período contém dois ou três andares.

De acordo com Abdel-Moneim Said, líder da equipe egípcia da missão arqueológica, membros de diversas classes sociais foram enterrados na “Cidade dos Mortos”. As pessoas da elite usavam braceletes e figurinos que os arqueólogos encontraram nas tumbas.

As análises revelaram que 30% das múmias das tumbas recém-descobertas eram crianças com menos de dois anos, de acordo com um comunicado do governo do Egito.

Além disso, os arqueólogos encontraram quatro múmias que eram um casal e dois filhos.

Em parceria com o hospital da Universidade de Aswan, os pesquisadores conduziram análises profundas para descobrir a causa da morte das múmias nessas tumbas.

Resultados primários de análises de DNA, tomografias e raio-x mostraram prevalência de anemia, desnutrição, tuberculose e osteoporose entre todas as múmias, incluindo as de classe social elevada.

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