Arqueólogos encontram tinta vermelha feita há 15 mil anos
Um achado arqueológico recente lança luz sobre os primórdios da expressão humana através da descoberta de uma tinta vermelha excepcionalmente vibrante, datada de 15 mil anos atrás.
Laurent Davin, um arqueólogo da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, ficou intrigado com o brilho vermelho das contas de conchas antigas, exibidas no Museu Arqueológico Rockefeller de Jerusalém.
Análises detalhadas revelaram que a cor vermelha foi obtida a partir das raízes de plantas Rubiaceae. Os pesquisadores publicaram o estudo sobre o assunto no último mês na revista científica PLOS One.
Esse artefato é a evidência mais antiga conhecida de seres humanos utilizando plantas para criar pigmentos vermelhos.
Uso da tinta vermelha revela evolução humana
Essas descobertas desvelam as práticas artísticas e simbólicas das antigas comunidades natufianas, ancestrais dos povos modernos do Levante, no Oriente Médio.
A utilização de plantas para fins estéticos sugere uma necessidade crescente de expressão, à medida que as sociedades humanas evoluíam gradualmente ao longo dos séculos.
A descoberta acrescenta uma nova camada à narrativa da evolução humana, destacando a rica criatividade e sofisticação das culturas ancestrais.
“Isto acrescenta um aspecto comportamental até então desconhecido das sociedades natufianas. Nomeadamente uma tradição bem estabelecida de processamento não dietético de plantas no início do estilo de vida sedentário”, conclui o estudo.
Agora, a equipe de Davin espera recriar o processo de produção da tinta, explorando as técnicas antigas utilizadas pelos natufianos.