Baleia mais rara do mundo é encontrada morta na Oceania
Uma baleia-bicuda-de-bahamonde, considerada a espécie mais rara do mundo, apareceu morta em uma praia na Nova Zelândia. O animal, um macho de 5 metros de comprimento, encalhou em uma praia na pequena vila de Taieri Mouth. Essa espécie nunca foi filmada com vida, de tão inalcançável.
Na segunda-feira (15), o Departamento de Conservação de Otago afirmou que recebeu uma notificação sobre uma baleia morta em uma praia no sul da Nova Zelândia, no último dia 4.
No comunicado, a agência afirma acreditar que a baleia encontrada morta pode ser um macho da espécie mais rara do mundo.
Uma empresa local, em colaboração com membros do conselho indígena rūnaka e o Museu de Otago, removeu a baleia da praia. Para preservar seus restos, o animal está atualmente armazenado em um depósito refrigerado.
“Sabemos muito pouco, praticamente nada sobre essa espécie”, afirma Hannah Hendricks, consultora técnica do departamento de preservação marinho.
O Departamento de Conservação de Otago enviou amostras genéticas da baleia para a Universidade de Auckland para análise e confirmação da espécie. O processo pode levar meses, mas os resultados prometem ampliar o conhecimento sobre essa espécie.
Caso a baleia encontrada na Nova Zelândia seja, realmente, da espécie mais rara, o potencial científico é vasto porque esta é a primeira aparição em um estado que permite que os cientistas dissequem a baleia.
Desse modo, os cientistas vão poder mapear a relação dessa baleia com as outras encontradas para tentar descobrir onde elas vivem.
Baleia mais rara do mundo
A Baleia-bicuda-de-bahamonde é tão rara que não existe registro de aparições do animal em vida. Além disso, desde quando foi descoberta, apenas seis amostras foram identificadas em todo o mundo. Das seis, cinco apareceram mortas na Nova Zelândia.
De acordo com o departamento, a primeira descrição da espécie foi em 1874, tendo como base fragmentos de mandíbula e dentes encontrados na Ilha Pitt.
Em 2010, dois exemplares intactos, uma mãe e seu filhote, foram encontrados na Baía de Plenty. Essa foi a primeira vez que cientistas tiveram acesso a um corpo completo da espécie. Posteriormente, em 2017, houve mais uma espécie encontrada no norte da Nova Zelândia.