Coronavírus chega até em chefe de estado: Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, está infectado

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, começou a sentir sintomas leves, fez exame e testou positivo para o novo coronavírus.
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. Crédito: Wikicommons
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. Crédito: Wikicommons

O Reino Unido soma mais de 11 mil casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Na manhã desta sexta-feira (27), o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, 55, se somou a este grupo ao afirmar que testou positivo para COVID-19 em sua conta no Twitter.

De acordo com Johnson, ele começou a sentir sintomas leves, como tosse persistente e febre. Como recomendação, o diretor médico executivo do Reino Unido solicitou que ele fizesse um teste para o coronavírus na noite de quinta-feira (26). O resultado só foi divulgado nesta manhã por volta das 8h15 (horário de Brasília).

Apesar dos sintomas, o primeiro-ministro disse que agora está em auto-isolamento e trabalhando de casa. Em seu pronunciamento no Twitter, ele disse que participou de um ato em homenagem aos funcionários do NHS (sistema público de saúde do Reino Unido), no qual pessoas bateram palmas de suas janelas como forma de reconhecer o trabalho deles, e reforçou que apenas ficando em casa “iremos combater isso [o vírus]”.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse no Twitter que lamenta a infecção de Johnson e ressaltou que “este é um lembrete de que qualquer pessoa pode contrair COVID-19” e que “devemos seguir as regras e ficar em casa para apoiar a equipe incrível do NHS a salvar vidas”.

Num primeiro momento, a resposta do Reino Unido ao coronavírus foi mais relaxada, com o próprio Boris Johnson dizendo que o governo queria que a população conseguisse uma “imunidade de grupo”. Basicamente, o fluxo de pessoas continuaria normalmente de modo a infectar boa parte dos cidadãos, criando uma imunidade em grande parte da população. Na ocasião, ele chegou a dizer que a livre propagação causaria a morte de milhares de “seus entes queridos antes do que pensavam”.

Após uma semana, Johnson foi alvo de críticas e foi aconselhado por autoridades a mudar completamente a abordagem ao combate ao coronavírus devido à rápida infecção. Isso fez com que o Reino Unido passasse a desencorajar contatos sociais não essenciais e viagens desnecessárias, além de fechar escolas e banir eventos com grande aglomeração de pessoas, como jogos de futebol.

Atualmente, segundo a BBC,  o Reino Unido tem mais de 11,6 mil infectados por COVID-19 e mais de 570 mortes, a maioria concentrada em Londres. Foram feito mais de 93 mil testes com pessoas que não tinham o vírus.

A título de comparação, os EUA têm mais de 80 mil casos de infecção e 1.178 mortos. Já o Brasil conta com 2.915 casos confirmados e 77 mortes — a diferença é que o País começou testando apenas casos graves, e não fazendo exames exaustivamente, o que aponta para uma possível subnotificação de infecções.

[Guardian]

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