Brasil já é o 2º mercado da Uber no mundo, só perdendo para os EUA
O aplicativo de caronas Uber chegou por aqui em 2014, e em menos de cinco anos a operação brasileira já é a segunda maior do mundo, com mais de um bilhão de corridas desde que desembarcou no país. A informação foi dita pela própria empresa em um recente anúncio sobre investimentos no mercado brasileiro.
Para melhorar a operação brasileira, a companhia informou que vai investir US$ 64 milhões (cerca de R$ 250 milhões) nos próximos cinco anos e que parte desse dinheiro será usado para a construção de um centro de desenvolvimento no país — o primeiro na América Latina.
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O centro de desenvolvimento, localizado em São Paulo, contará com mais de 150 especialistas e ficará pronto ainda neste ano. A ideia desse local por aqui é melhorar a segurança dos passageiros e dos motoristas. Uma das questões da região é o pagamento em dinheiro, que começou no país em 2016. O ponto positivo é que essa modalidade é uma opção para quem não tem cartão de crédito e uma forma de os motoristas terem um fluxo de caixa mais simplificado.
O problema é que o pagamento em dinheiro tornou os motoristas alvos mais atrativos para roubos. Com um cadastro fraco, muitos criminosos se aproveitavam para pedir carros pagando a corrida em dinheiro. O que era para ser uma simples carona acabava se transformando em sequestros, assaltos ou assassinatos.
A companhia reconhece a importância do pagamento em dinheiro para a região. Em entrevista à Reuters, Sachin Kansal, diretor de segurança de produto do Uber, disse que “é importante que eles [da companhia] apoiem essa modalidade de pagamento”. “Há um certo segmento da sociedade que não tem acesso a cartões de crédito e é também um segmento da sociedade que, provavelmente, é o que mais precisa de transporte conveniente e de confiança.”
Após uma série de incidentes, a companhia promoveu melhorias no sistema de cadastro para usuários sem cartão de crédito, com a requisição do CPF do passageiro. Além disso, a Uber diz que usa aprendizado de máquina (machine learning) para bloquear corridas consideradas de risco.
Ainda sobre o assunto segurança, a empresa recentemente anunciou um novo sistema que permite que motoristas e passageiros compartilhem suas localizações em tempo real. A funcionalidade foi liberada primeiramente nos EUA, mas já está operante por aqui.
[Reuters]
Imagem do topo por Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil