Brooke Shields diz em podcast que “Lagoa Azul” não seria permitido hoje
Ao lado de Christopher Atkins, com quem contracenou nesse clássico da Sessão da Tarde, a atriz comentou sobre cenas de nudez e polêmicas nos bastidores
Brooke Shields e Christopher Atkins, protagonistas do clássico filme da Sessão da Tarde “A Lagoa Azul” (1980), se reuniram em um episódio do podcast “What Now? com Brooke Shields“. A produção foi ao ar agora em dezembro de 2022, e focou em discutir sobre os bastidores do filme.
No bate-papo, Shields chamou atenção ao dizer que, hoje em dia, um filme semelhante “não seria permitido”. No longa, os protagonistas interpretaram dois primos ingleses, Emmeline e Richard Lestrange, que naufragaram ainda crianças no Pacífico Sul. O filme tinha cenas de nudez de Shields, com 14 anos na época, e Atkins, com 18, que interpretaram um par romântico.
Em resposta à declaração da atriz, Christopher Atkins, acrescentou que “animais foram feridos no filme”. “Estávamos pescando peixes e todos os tipos de coisas malucas. Crianças estão nuas correndo na praia, não poderia fazer isso agora”, concordou.
Brooke Shields ainda acrescentou que a produção do filme, assim como sua própria mãe, os incentivaram a ter um relacionamento romântico na vida real.
“Eles queriam desesperadamente que nos apaixonássemos um pelo outro. Não reagi bem ao ser forçada a sentir alguma coisa. Eu nem tinha beijado ninguém nessa idade”, contou.
A protagonista também foi instruída a se bronzear nua ao lado do ator, separados por uma parede improvisada. “Você estava bem ao meu lado, e isso foi ainda mais estranho porque você tinha apenas 14 anos na época”, disse Atkins.
“Houve cenas em que eu estava nu com você, lembra, deslizando e etc. E isso foi um pouco estranho, mas foi meio engraçado para mim porque, neste momento, eu até faria isso. Mas sua reação foi: ‘Ugh, oh Deus'”, contou o ator.
Por ser menor de idade durante a produção, a atriz tinha os seios cobertos nas cenas e uma dublê de corpo para as cenas de sexo. “Mamilos evidentemente era onde eles estabeleciam os limites neste filme”, concluiu a intérprete de Emmeline.
Mas, além da sexualização, os atores também enfrentaram outras dificuldades, como uma infestação de ratos e feridas de úlceras nos bastidores.
“Eu lembro que peguei pneumonia”, revelou Shields. “Na cena do parto, quando eu deveria ter o bebê, eu não consigo respirar e tenho um ataque de tosse. Todo mundo ficou, tipo, ‘Que ótima atuação!’, e eu ‘Não consigo respirar!’”
“A Lagoa Azul” foi dirigido por Randal Kleiser, que também esteve a frente do clássico “Grease” (1978). O filme teve uma sequência em 1991, “De Volta À Lagoa Azul”, mas com um novo elenco e nova história.
Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.
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