Tecnologia

Chineses inventam vaso sanitário autolimpante; veja como funciona

Cientistas chineses testaram o vaso sanitário autolimpante com fezes sintéticas -- uma mistura de missô, fermento, óleo de amendoim e água --, imitando o excremento humano
Advanced Engneering Materials/Divulgação

Limpar o vaso sanitário é uma tarefa que não desperta o interesse das pessoas. Muitos, porém,  oram por uma tecnologia que possa salvá-los da desagradável missão. Aparentemente, essas orações foram atendidas: um grupo de cientistas chineses desenvolveu o conceito de um vaso sanitário autolimpante e conseguiu torná-lo real.

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Graças à impressão em 3D, os pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong conseguiram revolucionar a desagradável tarefa doméstica.

O vaso autolimpante, conhecido como “ARSFT”, sigla para “descarga de privada super escorregadia resistente à abrasão” — a tecnologia que permite a limpeza automática –, surgiu de uma combinação complexa de plástico e grãos de areia que repelem a água.

Em um português claro, a tecnologia garante que nenhuma substância fique grudada na superfície. Portanto, além de ser uma salvação para muitos, essa pode ser uma alternativa mais sustentável às privadas convencionais.

Confira:

Como funciona o vaso autolimpante

O site New Scientist entrevistou um dos cientistas do projeto, Yike Li, que criou o vaso sanitário autolimpante. Segundo Li, os chineses utilizaram, além da combinação de plástico e grãos de areia, um laser para reunir as partículas, criando, assim, o vaso sanitário autolimpante impresso em 3D.

Após a impressão, os pesquisadores utilizaram óleo de silício para lubrificar a superfície da privada, conseguindo penetrá-la devido à estrutura do modelo. Isso gerou a capacidade autolimpante do vaso sanitário, com os seguintes materiais não deixando marcas após a descarga:

  • Leite
  • Iogurte
  • Mel
  • Água lamacenta
  • Gel de amido misturado com mingau

    Foto mostra como substâncias não deixam marcas em vaso autolimpante. Imagem: Advanced Engneering Materials/Divulgação

Os cientistas chineses também testaram o vaso sanitário autolimpante com fezes sintéticas, usando uma mistura de missô, fermento, óleo de amendoim e água, conseguindo imitar o excremento humano.

Embora possa ser estranho o trabalho de cientistas para criar tecnologias para vasos sanitários, várias inovações aparentemente “desnecessárias” conseguem ter um grande impacto global. 

O vaso sanitário autolimpante criado pelos pesquisadores chinesas pode reduzir o desperdício de água consideravelmente.

Impacto ambiental do vaso autolimpante

De acordo com os cientistas chineses, o vaso autolimpante consegue resistir a mil ciclos de raspagem graças a sua capacidade super escorregadia. Portanto, o vaso autolimpante possui um novo método de descarga que minimiza o consumo – e desperdício de água.

O Daily Mail ressalta que, desde a sua invenção, no Século 18, embora o vaso sanitário tenha aumentado a higiene, uma quantidade significante de água é necessária devido à aderência entre a superfície das privadas e as fezes e urinas humanas.

Em todo o mundo, as descargas dos vasos sanitários correspondem a 141 bilhões de litros de água diariamente. Por isso, além de economizar um recurso valioso para humanidade, o vaso sanitário autolimpante também possui outro benefício ambiental. 

Em lugares como banheiros públicos e químicos, sobretudo onde não há conexão com o sistema de saneamento, o vaso autolimpante surge como uma solução ideal.

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Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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