Chrome OS, e não o Android, deve ser o futuro dos tablets do Google

Assim que os apps de Android foram disponibilizados nos dispositivos com Chrome OS, isso se tornou inevitável. Como um highlander imortal, só podia haver um sistema operacional do Google dominante no espaço dos tablets e notebooks. E com a notícia de que o Google havia acabado com o tablet Android Pixel C e o fato […]

Assim que os apps de Android foram disponibilizados nos dispositivos com Chrome OS, isso se tornou inevitável. Como um highlander imortal, só podia haver um sistema operacional do Google dominante no espaço dos tablets e notebooks. E com a notícia de que o Google havia acabado com o tablet Android Pixel C e o fato de que o próximo Chromebook da Samsung é um 2-em-1 desmotável, está claro quem está tomando a dianteira. Sinto muito, fanboys do Android, mas o Chrome OS é provavelmente o futuro dos tablets e notebooks baratos.

A mudança começou no ano passado, quando o Google trouxe pela primeira vez aplicativos de Android para o Chrome OS, mas era difícil prever o quão rapidamente o Chrome OS viria a dominar. Os apps de Android eram inicialmente repletos de bugs, nada atrativos e pareciam bastante inacabados. Porém, no último ano e meio, melhorias incrementais rapidamente uniram os dois sistemas operacionais diferentes.

Aliás, uma das surpresas mais agradáveis do Google Pixelbook é que ele é um tablet Android maravilhoso — frequentemente tão ágil e responsivo quanto dispositivos menores, como o iPad. O Google parece concordar, porque nesta quinta-feira (29) o Pixel C, tablet do Google que sempre foi um hardware mais legal do que o Android merecia, foi, como apontou o Android Police, silenciosamente retirado da loja do Google.

Se os consumidores quiserem que um dispositivo tipo tablet, do Google, rode apps de Android, precisarão usar o Pixelbook. E graças a uma nova funcionalidade acrescentada no beta do Chrome OS na quarta-feira (27), os apps de Android vão rodar ainda mais suavemente nos Chromebooks. Como apontou o Chrome Unboxed, o Chrome OS beta 64 permite que os apps rodem paralelamente, o que significa que eles não vão parar de funcionar se você sair de um app para outro.

Esse tipo de verdadeiro multitarefas não está normalmente disponível em tablets — tanto Android quanto iOS têm apps que dormem quando você alterna entre eles. Mas rodar tarefas paralelas é o procedimento operacional padrão para Linux, Windows e macOS, e isso dá ao Chrome OS um empurrão extra de potência que lhe permite competir com esses sistemas operacionais mais poderosos.

Outro indicativo de que o Android está em seus anos de declínio nos tablets e nos 2-em-1 é a notícia do mês passado, também do Chrome Unboxed, de que o próximo chamativo Chromebook da Samsung pode ser um 2-em-1 desmontável. Até o ano passado, a ideia de um Chromebook 2-em-1 teria sido motivo para pesadelos: ele sempre foi um sistema operacional primariamente para mouse, não para toque. Os avanços do Google em melhorá-lo, pegando as melhores peças do Android para criar uma nova e rica fusão, são aparentemente animadores o suficiente para a Samsung testar uma forma de Chromebook incomum, e já que o último Chromebook da Samsung saía por apenas US$ 500 nos EUA, isso pode significar que um dispositivo concorrente feito pelo Google poderia ser realmente barato.

Mas não dá para descartar o Android como sistema operacional para tablets ainda. Ele ainda está em todos os Amazon Fire, e no ano passado a empresa de Jeff Bezos afirmou que a versão de US$ 50 de seu tablet mais em conta era o mais vendido nos Estados Unidos. No geral, a venda de tablets viu um declínio no ano passado, e o Android sofreu mais com isso do que a Apple. Mudar a tática e colocar o melhor do Android (e seus apps) em um sistema operacional com maior capacidade de produtividade podem ser a chave para dar sobrevida aos tablets, não como máquinas apenas de consumo de conteúdo, mas também de criação.

Imagem do topo: Alex Cranz/Gizmodo

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