Claro, TIM e Vivo agora oferecem R$ 16,5 bilhões por operação móvel da Oi
Claro, TIM e Vivo anunciaram via fato relevante o aumento na oferta para a aquisição de ativos relativos à operação móvel da Oi. As três companhias informaram que agora estão oferecendo R$ 16,5 bilhões, além de quererem a possibilidade de um contrato para uso de infraestrutura de rede da companhia.
A Oi está em recuperação judicial desde 2016 e, desde então, a empresa tem encontrado formas de liquidar suas dívidas com a venda de ativos. Há duas semanas, as mesmas três operadoras fizeram uma proposta pela companhia, mas não houve divulgação oficial do valor.
Na semana passada, foi revelado que a Highline, uma companhia que atua no ramo de infraestrutura de telecomunicações, tinha feito a maior proposta pela divisão móvel da Oi e que isso conferiu a ela uma preferência pela compra até 3 de agosto. Segundo o Teletime à época, a Highline não tem planos de virar uma operadora. Com a eventual concretização da operação, eles transfeririam clientes para as concorrentes.
Em comunicação de fato relevante, a Telefônica, dona da Vivo, explica por que houve interesse em aumentar a oferta:
A revisão da oferta vinculante reafirma o interesse da Companhia [Telefônica] em relação à aquisição dos ativos móveis do Grupo Oi, bem como em contribuir com a continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no país, considerando a larga experiência global que possui no setor de telecomunicações e o profundo conhecimento do mercado brasileiro.
A Claro, por sua vez, informa que a oferta “é a que melhor atende aos interesses dos atuais clientes da Oi, por conferir experiência de longos anos de atuação no Brasil, capacidade de investimento e inovação técnica ao setor como um todo”.
Por fim, a TIM “considera que a oferta atende às necessidades financeiras do Grupo Oi, amplamente conhecidas pelo mercado, de modo que possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores”.
Apesar da oferta pela divisão móvel, a Oi também recebeu oferta pelo seu negócio de torres de telecomunicações. Segundo a Folha, a ideia da companhia é vender alguns dos ativos para se se tornar uma fornecedora de infraestrutura fixa para as concorrentes.
Ainda de acordo com a Folha, a Oi deve escolher não só o maior valor, mas a oferta que garantir a aprovação mais rápida possível dos órgãos reguladores.