Descoberta sala de banquetes com afrescos nas ruínas de Pompéia
Uma sala de banquetes com paredes cobertas por afrescos bem preservados. Foi isso que arqueólogos encontraram em Pompéia, cidade em ruínas após a erupção do vulcão Vesúvio, na Itália. O local é o segundo sítio arqueológico mais visitado no mundo.
Segundo o que os pesquisadores relataram, a sala foi encontrada em uma antiga residência na Via di Nola, que era a rua mais longa da antiga Pompéia. A descoberta aconteceu durante escavações na área “Regio IX” do sítio arqueológico.
Eles acreditam que o ambiente refinado era usado como confraternizações da época, ou “para entretenimento durante momentos conviviais”, segundo disseram.
De acordo com Gabriel Zuchtriegel, diretor do parque arqueológico de Pompéia, as obras de arte datam entre 15 a.C. e 40-50 d.C. Em geral, elas possuem detalhes, expressões e sombras de personagens inspirados na Guerra de Troia.
Os afrescos
Para Zuchtriegel, as figuras mitológicas tinham uma função clara: entreter os convidados de banquetes que ali eram realizados. E, para isso, as histórias que os afrescos representavam forneciam pontos de conversa durante o jantar.
Há uma obra com Helena de Troia encontrando Paris, príncipe de Troia, pela primeira vez. De acordo com a lenda grega, a fuga do casal desencadeou a Guerra de Troia no século XII a.C.
Além disso, há outro afresco que retrata o deus grego Apolo. Na obra, ele tenta seduzir a sacerdotisa Cassandra, que rejeitou o deus e recebeu uma maldição para que ninguém acreditasse em suas previsões do futuro.
De acordo com Gabriel Zuchtriegel, as pessoas que viviam na Pompéia costumavam se encontrar para jantar após o pôr do sol. Assim, sob a luz das lâmpadas, os afrescos ganhavam um efeito especial, de como se as imagens se movesse – especialmente após taças de vinho.
“Os casais mitológicos forneciam ideias para conversas sobre o passado e a vida, aparentemente de natureza meramente romântica”, disse ele.
“Pompéia é realmente um cofre do tesouro que nunca deixa de nos surpreender e provocar admiração porque, sempre que escavamos, encontramos algo bonito e significativo”, disse o ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, à BBC.