Dia Internacional da Lembrança do Holocausto: 10 filmes para entender a história

A data foi estabelecida pela ONU e marca o fim de Auschwitz-Birkenau, campo de concentração e extermínio usado pelo nazismo. Confira os filmes
Holocausto
Imagem: Reprodução/Divulgação - "O Menino do Pijama Listrado"

Nesta quinta-feira (27) é celebrado o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. A data foi estabelecida pela ONU e marca o final de Auschwitz-Birkenau, complexo de campos de concentração e extermínio, em uma ação das tropas soviéticas em 1945.

Esta é uma data dedicada às milhões de pessoas que foram torturadas e mortas nos campos de concentração comandados pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), sob o comando do nazista Adolf Hitler.

O dia foi designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1º de novembro de 2005, após uma sessão do órgão que marcou o 60º aniversário da libertação do campo de concentração e, com isso, o fim do Holocausto.

As tropas soviéticas chegaram a Auschwitz, na Polônia, na tarde de 27 de janeiro de 1945, um sábado. A forte resistência dos soldados alemães causou um saldo de 231 mortos entre os soviéticos. Oito mil prisioneiros foram libertados, a maioria em situação deplorável devido ao martírio que enfrentaram. 

Em homenagem aos 77 anos da Libertação de Auschwitz, e ao fim do Holocausto, separamos 10 filmes produzidos sobre o tema. Confira abaixo:

“O Menino do Pijama Listrado” (2008)

Baseado em um livro de mesmo nome do autor irlandês John Boyne, a trama mostra a história de Bruno (Asa Butterfield), um menino de oito anos, que se muda com sua família de Berlim para as proximidades de um campo de concentração, onde seu pai se tornou comandante. Se sentindo infeliz e solitário, o menino vive vagando por perto de sua casa, até o dia que encontra Shmuel (Jack Scanlon), um garotinho da mesma idade. Mesmo com uma rede de arame os separando, os meninos se tornam amigos e criam um vínculo inesperado. Contudo, as consequências desta amizade proibida logo começam a aparecer. O diferencial do filme, como do livro, é mostrar a guerra através dos olhos de uma criança muito pequena, que não entende o que está acontecendo ao seu redor.

“Um Ato de Liberdade” (2008) 

O longa se passa em 1941. Tuvia (Daniel Craig), Zus (Liev Schreiber) e Asael (Jamie Bell) são irmãos que, ao fugir da perseguição nazista aos judeus, se escondem em uma floresta que conhecem desde a infância. De início eles apenas pensam em sobreviver, mas à medida que seus atos de bravura se espalham diversas pessoas passam a procurá-los, em busca de liberdade. Tuvia assume a posição de líder mas é contestado por Zus, que teme que suas decisões os levem à morte.

“Olga” (2004)

O representando nacional nesta lista narra a história de Olga Benário, interpretada brilhantemente pela atriz Camila Morgado. Olga era uma judia alemã e militante do partido comunista. Ela se torna alvo de perseguição em Berlim e acaba fugindo para Moscou, onde recebe treinamento militar e fica encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) de volta ao Brasil. Na viagem, enquanto planejam a Intentona Comunista contra o presidente Getúlio Vargas, os dois acabam se apaixonando. Parceiros na vida e na política, Olga e Prestes passam a lutar pelo amor, pelo comunismo e pelas suas vidas. 

“O Pianista” (2002)

O filme conta a história do pianista judeu-polonês Wladyslaw Szpilman, que se depara com a invasão da Polônia pelos nazistas em 1939. Após escapar da ida ao Gueto de Varsóvia, que segregou cerca de 380.000 poloneses, Szpilman passa a se esconder em prédios abandonados e casas de amigos não-judeus, em busca de alimentos e proteção. Ele testemunha o levante de Varsóvia e escapa da morte por diversas vezes, até a derrota da Alemanha na Segunda Guerra.

O longa de Roman Polanski foi indicado a sete categorias do Oscar, vencendo as de Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado. O filme estrelado por Adrien Brody também venceu a Palma de Ouro, no Festival de Cannes.

“Cinzas de Guerra” (2001)

O filme estrelado por David Arquette retrata a vida dos Sonderkommandos, judeus encarregados de conduzir outros colegas de prisão à morte e depois levar os corpos até a fornalha. Revoltados, o grupo planeja uma reviravolta: escondem uma sobrevivente dos nazistas e passam a planejar um contra-ataque, carregando armas em meio aos corpos que levam aos crematórios.

Com direção do norte-americano Tim Blake Nelson, o filme é baseado no levante ocorrido no campo de extermínio de Auschwitz, localizado ao sul da Polônia.

“O Trem da Vida” (1998)

No enredo da Segunda Guerra Mundial, em 1941, um vilarejo na Europa Ocidental recebe a notícia de que a invasão nazista se aproxima. A ideia dos habitantes é forjar a deportação dos judeus no trem, com alguns se passando por maquinistas e outros por alemães. O problema é que as encenações ficam realistas demais e os judeus começam a se rebelar contra os agora autoritários nazistas.

Dirigida por Radu Mihaileanu, a trama mostra de uma forma satírica como o ser humano é volúvel e acaba por incorporar um personagem. A comédia se diferencia de outros filmes da época por apostar na fantasia ao invés do realismo.

“A Vida é Bela” (1997)

Um verdadeiro clássico sobre o Holocausto, amado por todos e vencedor de dois Oscar. No longa conhecemos o judeu Guido (Roberto Benigni) e seu filho Giosué (Giorgio Cantarini), que são capturados e levados a um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, o homem tem que usar a imaginação para fazer o filho pequeno acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com a intenção de protegê-lo do terror e da violência que os cercam. É um filme doce, intenso e que nos deixa com os sentimentos a flor da pele. Vemos como um pai é capaz de tudo pelo filho e como o ser humano é capaz de várias atitudes para se proteger das situações mais terríveis.

“Bent” (1997) 

Bent conta a história de Max, um homossexual que vive em um campo de concentração na Alemanha nazista. No entanto, ele se identifica como um judeu, usando uma estrela amarela. Por ironia do destino, Max se apaixona por Horst, que usa com orgulho o triângulo rosa que o identifica como gay.

O filme é baseado na peça de 1978, do dramaturgo norte-americano Martin Sherman e, para além do Holocausto, aborda a intolerância sexual. Clive Owen, Lothaire Bluteau e Ian McKellen fazem parte do elenco do longa.

“A Lista de Schindler” (1993)

Outro clássico vencedor do Oscar e baseado em uma história real, vivida durante o Holocausto.  O filme nos apresenta Oscar Schindler (Liam Neeson), um alemão que vê na mão de obra judia uma solução barata e viável para seus negócios durante a guerra. Com sua forte influência dentro do partido nazista, foi fácil conseguir autorizações e abrir uma fábrica. Contudo, o que poderia parecer uma atitude de um homem ganancioso e sem coração, se transformou em um dos maiores casos de amor à vida da história, pois este alemão abdicou de toda sua fortuna para salvar a vida de mais de mil judeus em plena luta contra o extermínio alemão.

Antes mesmo de irem aos campos de concentração, os judeus eram contratados por Schindler para trabalhar em sua fábrica. Baseado no romance de Thomas Keneally, o longa foi sucesso absoluto. O blockbuster recebeu sete prêmios do Oscar, incluindo Melhor Diretor, Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora Original.

“Fuga de Sobibor” (1987) 

Esta longa-metragem trata de um dos acontecimentos mais extraordinários da 2ª Guerra Mundial: a fuga em massa, bem-sucedida, dos prisioneiros jovens de um campo de extermínio. No caso, do campo de Sobibor, na Polônia. Impressione o plano de escapara também não contemplasse um grupo de escapar 20 ou 30. Todos os 600 presos que estavam lá – trabalhando como escravos e vigiando a matança – que fugiram nas câmaras de gás – fugiram. Foi a única revolta desse tipo que envergonhou os alemães ponto de fecharem o campo certo e plantarem uma floresta de pinheiros no lugar. Dos 600 fugitivos, no entanto, 300 foram mortos na tentativa e só 50 sobreviveram à guerra.

“Fuga de Sobibor” conta os detalhes dessa ação histórica. Leon (Alan Arkin) é uma liderança entre os presos e, diante dos fuzilamentos aleatórios, dos espancamentos e humilhações diárias, compreende que é só questão de sorte estar vivo. Ele então começa a arquitetar um plano de fuga, mas o projeto só pega no tranco quando chega um soldado russo (Rutger Hauer). É o militar quem convence os pacatos judeus de uma verdade inconveniente: não há possibilidade possível sem assassinar os oficiais da SS que comandam o campo.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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