Diversidade social entre bebês resulta em adolescentes menos preconceituosos, diz estudo
De acordo com um novo estudo, bebês que tiveram mais diversidade em contatos sociais durante os seus anos iniciais são mais propensos a se tornarem menos preconceituosos quando adolescentes.
O estudo da Universidade Radboud, nos Países Baixos, foi publicado no fim de agosto. Ele revela como bebês com contatos sociais precoces e com mais diversidade conseguem superar preconceitos até os 17 anos.
Segundo o estudo, bebês que frequentaram creches por mais tempo e tiveram contatos sociais mais diversos, tendem ser menos preconceituosos. “Além de babás diferentes, esses bebês interagiram com crianças de todas as origens”.
Saskia Koch, autora da pesquisa, usou dados de um estudo longitudinal da cidade de Nijmegen, também nos Países Baixos, que acompanhou bebês desde os primeiros anos. Hoje, adolescentes, os participantes ainda fazem parte do estudo.
Método do estudo
A etapa atual do estudo, com os adolescentes de 17 anos, consiste em um jogo em que os participantes jogam com outra pessoa oculta. No jogo, os adolescentes precisam comunicar a localização de um objeto no tabuleiro para a outra pessoa, mas sem usar palavras.
Além disso, os adolescentes recebem apenas a informação de que estariam jogando com um adulto ou uma criança de cinco anos. Mas, na verdade, os adolescentes interagiram com a mesma pessoa.
O estudo mostra que os adolescentes ajustavam seu estilo de comunicação quando acreditavam interagir com uma criança. No entanto, a velocidade em que abandonavam esse padrão variou de acordo com suas primeiras experiências sociais.
Os adolescentes que tiveram interações sociais mais diversas quando bebês adaptavam seu estilo de comunicação mais rapidamente e com base na interação em si, em vez de preconceitos.
O estudo indica que bebês que encontram maior diversidade nos contatos sociais no início da vida tendem a superar preconceitos e basear suas interações em experiências.
Desse modo, a descoberta sugere que a diversidade nos estágios iniciais da vida humana pode tornar as pessoas mais sensitivas às relações sociais e aprimorar a habilidade de ajustar o comportamento.