Ciência

Encara? Sorvete de leite de égua é mais saudável que o de vaca

Os pesquisadores descobriram que o leite de égua possuía propriedades mais saudáveis, mas com coloração, consistência, cremosidade e aroma agradáveis.
Imagem: American Heritage Chocolate/Unsplash/Reprodução

Você já teve vontade de tomar um sorvete que seja um pouco mais saudável, mas que continue delicioso? Pois bem, a resposta pode estar em um sorvete feito de leite de égua.

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Tradicionalmente, o sorve é feito de leite de vaca e creme, mas, de acordo com um novo estudo, é possível fazer sorvete usando leite de égua e obter um resultado com muitos benefícios à saúde.

O estudo, publicado por pesquisadores poloneses na última quarta-feira (7), mostra que o leite de égua contém substâncias como a lactoferrina, uma proteína encontrada no leite materno que melhora o sistema imunológico. O leite de égua também contém lisozima, que ajuda a combater doenças, além de seu teor de gordura ser menor em relação ao leite de vaca.

O insight surgiu quando cientistas da Faculdade de Ciências de Alimentos da Universidade de Tecnologia da Pomerânia Ocidental, em Szczecin, na Polônia, tentaram criar um sorvete mais saudável.

Os pesquisadores descobriram que o leite de égua possuía propriedades mais saudáveis, mas com coloração, consistência, cremosidade e aroma agradáveis. Segundo o estudo, o leite de égua é tão saudável que pode evitar problemas estomacais e respiratórios.

Katarzyna Szkolnicka, co-autora do estudo, afirmou que o leite de égua é muito mais similar ao leite materno do que o leite de vaca, além de causar menos alergia. Além disso, o leite de égua tem baixo teor em minerais e é rico em ácidos graxos poliinsaturados, que beneficiam a saúde intestinal e reduzem inflamações.

Fabricação do sorvete com leite de égua

Para avaliar a qualidade de um sorvete feito com leite de égua, os pesquisadores desenvolveram quatro variedades desse tipo de sorvete. Inicialmente, o leite era pasteurizado e depois inoculado com diferentes cepas de bactérias, cuja maioria era da ordem dos lactobacilos.

No entanto, os pesquisadores executaram processos diferentes em quatro amostras de leites. Após a fermentação, os pesquisadores misturaram as quatro amostras e congelaram para formar quatro tipos de sorvete de leite.

Segundo o estudo, nenhum leite apresentou diferenças significantes nas taxas de derretimento ou nos níveis de proteína e gordura. Contudo, houve resultados diferentes em termos de acidez.

O primeiro sorvete não tinha inulina e apresentou o maior nível de acidez, uma descoberta que sugere que a inulina regula a acidez do leite. Mas, em geral, todos os sorvetes tiveram uma “alta qualidade gustativa”. E, caso o método consiga controlar a colonização de bactérias, será possível a comercialização de sorvete de leite de égua.

“Tais produtos podem ser bons candidatos para introduzir o leite de égua às dietas dos consumidores ocidentais, que não costumam consumir esse tipo de leite”, conclui o estudo.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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