Endometriose: entenda a doença que acomete a cantora Anitta

A endometriose pode causar cólicas intensas durante o período menstrual, dor após as relações sexuais e até mesmo infertilidade. Doença afeta mais de 7 milhões de brasileiras
Endometriose Anitta
Imagem: Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic/Reprodução

A cantora Anitta usou suas redes sociais na última semana para conscientizar o público sobre a endometriose – doença inflamatória que afeta mais de 7 milhões de brasileiras. A artista relatou em seu Twitter que teve o problema negligenciado por médicos durante nove anos, que nunca pediram exames necessários para diagnosticar o quadro.

Anitta explicou que sente dores intensas após relações sexuais. Por muito tempo, seus sintomas foram associados a infecções urinárias – apesar de não haver sinais de bactéria em seus exames. Agora, a cantora deve passar por cirurgia para tratar o problema. 

O endométrio nada mais é do que a mucosa que reveste a parede interna do útero. Quando não há fecundação, boa parte dele é eliminado durante a menstruação. Porém, há casos em que as células pegam o caminho oposto, chegando aos ovários ou na cavidade abdominal. Assim, elas crescem nessas outras partes do corpo, causando a chamada endometriose.

As causas do problema não são claras. A menstruação retrógrada, em que o sangue sofre refluxo para a cavidade pélvica por meio das trompas de falópio, é uma das hipóteses. Sistemas imunológicos deficientes ou mesmo alterações genéticas também podem estar relacionados à inflamação.

A endometriose pode causar dores durante ou após relações sexuais, cólicas intensas durante o período menstrual, dor ao urinar ou evacuar, dor pélvica crônica e até mesmo infertilidade. Diante de tais sintomas, é importante que o médico solicite exames laboratoriais e de imagem, como laparoscopia, ultrassom endovaginal e ressonância magnética.

Em alguns casos, é possível utilizar anticoncepcionais e DIU (dispositivo intrauterino) de hormônio para interromper a menstruação e diminuir os sintomas. Lesões maiores devem ser retiradas cirurgicamente, podendo ocorrer ainda a remoção dos ovários e do útero quando for de interesse da paciente.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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