Endometriose: entenda a doença que acomete a cantora Anitta
A cantora Anitta usou suas redes sociais na última semana para conscientizar o público sobre a endometriose – doença inflamatória que afeta mais de 7 milhões de brasileiras. A artista relatou em seu Twitter que teve o problema negligenciado por médicos durante nove anos, que nunca pediram exames necessários para diagnosticar o quadro.
Anitta explicou que sente dores intensas após relações sexuais. Por muito tempo, seus sintomas foram associados a infecções urinárias – apesar de não haver sinais de bactéria em seus exames. Agora, a cantora deve passar por cirurgia para tratar o problema.
Vamos, galera, mulheressss. Estou aqui no auge dos acontecimentos mais inacreditáveis da minha vida um atrás do outro tipo um rajadão de bênçãos… mas num ta dando pra sorrir por motivos de: precisamos falar sobre endometriose
— Anitta (@Anitta) July 8, 2022
O endométrio nada mais é do que a mucosa que reveste a parede interna do útero. Quando não há fecundação, boa parte dele é eliminado durante a menstruação. Porém, há casos em que as células pegam o caminho oposto, chegando aos ovários ou na cavidade abdominal. Assim, elas crescem nessas outras partes do corpo, causando a chamada endometriose.
As causas do problema não são claras. A menstruação retrógrada, em que o sangue sofre refluxo para a cavidade pélvica por meio das trompas de falópio, é uma das hipóteses. Sistemas imunológicos deficientes ou mesmo alterações genéticas também podem estar relacionados à inflamação.
A endometriose pode causar dores durante ou após relações sexuais, cólicas intensas durante o período menstrual, dor ao urinar ou evacuar, dor pélvica crônica e até mesmo infertilidade. Diante de tais sintomas, é importante que o médico solicite exames laboratoriais e de imagem, como laparoscopia, ultrassom endovaginal e ressonância magnética.
Em alguns casos, é possível utilizar anticoncepcionais e DIU (dispositivo intrauterino) de hormônio para interromper a menstruação e diminuir os sintomas. Lesões maiores devem ser retiradas cirurgicamente, podendo ocorrer ainda a remoção dos ovários e do útero quando for de interesse da paciente.