Falta de vitamina D tem relação com aumento da mortalidade, diz estudo
Um estudo com mais de 300 mil adultos no Reino Unido associou a falta de vitamina D ao aumento da mortalidade precoce. Nos humanos, a deficiência costuma ter relação com a baixa exposição solar.
A pesquisa, realizada pela Universidade da Austrália do Sul, vai ser publicada na íntegra na revista ACP (American College of Physicians) na segunda-feira (24).
Os pesquisadores conduziram um estudo de randomização mendeliana não linear – ou seja, um método de pesquisa que observa e estima possíveis causas e consequências em experimentos não controlados.
Ao todo, o estudo analisou 307.601 participantes do Biobank do Reino Unido. A base de dados reúne informações de predisposição genética e exposição ambiental da população britânica desde 2006.
As equipes avaliaram evidências genéticas do papel que os baixos níveis de vitamina D podem ter na mortalidade humana. Além disso, cruzaram a presença do composto nos participantes com outros dados genéticos.
As descobertas foram surpreendentes: ao longo de 14 anos, o risco de morte diminuiu significativamente quando os participantes registraram aumento das concentrações de vitamina D.
Segundo o estudo, a prevalência de deficiência grave do composto varia entre 5% e 50% da população, com taxas que variam conforme a localização e características demográficas, por exemplo.
O estudo afirma que a falta da vitamina D tem potencial de interferir diretamente nas mortes precoce e alerta para a urgência em abolir essa deficiência.
O que é a vitamina D
Diferente da maioria das outras vitaminas, nosso corpo consegue sintetizar sozinho a quantidade adequada de vitamina D – desde que recebamos Sol suficiente.
Com a radiação ultravioleta solar, nossa pele transforma colesterol em vitamina D. Mas, se isso não acontece, é preciso repôr com suplementos.