Tecnologia

Finlândia lança o 1º táxi aquático autônomo do mundo; veja o desempenho

Os barcos acomodam até dez passageiros e operam em quatro propulsores elétricos de 10 kW, atingindo uma velocidade máxima de 17 km/h.
Imagem: Callboats/Divulgação

Na quinta-feira (28), o governo de Helsinque, capital da Finlândia, lançou o primeiro serviço de táxi aquático autônomo do mundo para lidar com a falta de capitães de embarcações na cidade.

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O serviço sem um condutor humano é uma parceria entre o Forum Virium Helsinki, a agência de inovação de Helsinque, e a empresa Callboats, que desenvolve barcos elétricos. Similar ao Uber, o serviço realizou as primeiras viagens do táxi aquático autônomo entre Helsinque e as ilhas Kotiluoto, Villaluoto e Malkasaari.

Ao longo do ano passado, a Callboats testou seu serviço de transporte aquático via barcos elétricos acessível através de um app, mas com capitães controlando os veículos. Agora, a Callboats, com autorização do governo da Finlândia, fez a transição para oferecer o primeiro táxi aquático autônomo do mundo.

interface do app de táxi aquáticos

A interface do app da Callboats. Imagem: App Store/Reprodução

De acordo com Pekka Koponen, especialista sênior do Forum Virium Helsinki, um sistema de táxi aquático autônomo é uma inovação importante que poderia melhorar significativamente o acesso à capital da Finlândia.

Como são os táxis aquáticos autônomos

Os barcos acomodam até dez passageiros e operam em quatro propulsores elétricos de 10 kW, atingindo uma velocidade máxima de 17 km/h.

A bateria de 60 kWh, de acordo com a empresa,  garante aproximadamente nove horas de uso em um ritmo mais lento de 11 km/h. Mas, para lidar com a queda de bateria, há um painel solar de 1,5 kW no teto dos barcos, conseguindo carregar a bateria entre 8-10 kWh.

Com câmeras de 360 graus e sensores avançados, os barcos da Callboats conseguem monitorar os arredores com eficácia. Eles podem rastrear e evitar potenciais perigos, navegar por vias aquáticas complexas e, até mesmo, estender automaticamente passarelas para embarque e desembarque.

De acordo com o CEO Peter Ostberg, “Cerca de 60-70% dos custos do transporte no arquipélago são gastos com salários dos capitães”. Desse modo, o táxi aquático autônomo pode criar um novo modelo operacional, reduzindo os gastos do governo.

Além disso, o serviço conta com ajuda remota de capitães podem resolver situações inesperadas em vários barcos ao mesmo tempo. No entanto, a legislação finlandesa determina que deve haver, pelo menos, um membro da tripulação presente nos táxis aquáticos autônomos.

Transporte aquático autônomo visa reduzir emissão de carbono

A Callboats acredita que o táxi aquático autônomo vai melhorar significativamente o acesso às ilhas, especialmente considerando a atual falta de capitães para tais tarefas repetitivas, além de ajudar a Finlândia a reduzir as emissões de carbono.

Helsinque, aliás, é composta por 315 ilhas, com uma área total é de 686 km², mas 70% dessa área é coberta por água.

Os barcos, portanto, são os principais meios de transporte da cidade, mas o crescimento do turismo no país contribuiu para aumentar as emissões de gases do efeito estufa devido ao maior tráfego de embarcações.

Por isso, o táxi aquático autônomo, por ser um veículo elétrico, pode ser a resposta para alcançar a meta de carbono neutro da Finlândia. O país visa reduzir em 80% as emissões até 2035.

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Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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