Fóssil gigante de “dragão marinho” é encontrado na Inglaterra

Descoberta por um paisagista que trabalhava em uma reserva na Inglaterra, a ossada de réptil tem 10 metros de comprimento - e seu crânio, sozinho, pesa uma tonelada.
Dragão marinho
Imagem: Dean Lomax/Twitter/Reprodução

O paisagista Joe Davis estava trabalhando na reserva natural Rutland Water, na Inglaterra, quando encontrou algo para lá de curioso. Sob a lama, havia uma série de objetos redondos que pareciam ser o corpo de um bicho. Intrigado, o funcionário continuou explorando, até que se deparou com um fóssil de mandíbula.

Davis tratou de avisar o governo local, que enviou uma equipe de escavadores britânicos para a reserva. Pouco tempo depois, a identidade do bicho foi revelada: o animal era um ictiossauro, réptil marinho que parece ter surgido no Triássico Inferior.

Os ictiossauros também recebem o nome de “dragões marinhos” devido aos seus enormes olhos e dentes. Eles viveram entre 250 e 90 milhões de anos atrás, sendo descritos pela primeira vez no século 19 pela paleontóloga Mary Anning. 

Dragões marinhos tinham chegavam a ter 25 metros de tamanho, tinham sangue quente e respiração pulmonar — semelhante aos golfinhos. Eles se alimentavam de peixes, lulas ou mesmo répteis marinhos menores.

Não é difícil encontrar ictiossauros nesta região da Europa, mas este em questão foi considerado especial. O fóssil completo tem cerca de 10 metros de comprimento e seu crânio sozinho pesa uma tonelada. Dadas as proporções, o dragão marinho foi considerado por paleontólogos como o maior do tipo já descoberto no Reino Unido.

Dragão marinho

Imagem: Dean Lomax/Twitter/Reprodução

 

Além disso, fósseis destes animais costumam ser encontrados na Costa Jurássica em Dorset ou na região britânica de Yorkshire. O achado recente estava na reserva de Rutland, a mais de 48 quilômetros do litoral. Ele aponta para 200 milhões de anos atrás, quando a região era coberta pelo oceano. 

Não é a primeira vez que um dragão marinho é encontrado na reserva. Outros dois fósseis foram revelados durante a construção do espaço na década de 1970, mas eram bem menores e estavam incompletos. O achado recente, datado em 180 milhões de anos, está sendo descrito por pesquisadores como “uma das maiores descobertas da história paleontológica britânica”.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas