Foto de Ítalo Ferreira com o eclipse foi planejada por 4 meses; veja os bastidores
Neste sábado (14), o campeão mundial e olímpico de surfe Ítalo Ferreira apareceu em uma foto surpreendente em frente ao eclipse anular do Sol, no Rio Grande do Norte.
Mas o que parece uma simples e linda imagem, teve um planejamento prévio e complexo. Em um vídeo, o atleta e o fotógrafo Marcelo Maragni mostraram o processo para conseguir o clique perfeito em 5 segundos.
O eclipse começou por volta das 15h no Brasil, formando uma espécie de “anel de fogo” lá pelas 16h40, durante um curto período de tempo. No país, o fenômeno foi visível do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco. Mas sobretudo em Baía Formosa, no Rio Grande Norte, onde nasceu o surfista.
Na fotografia, Ítalo causou o efeito de estar dentro do arco de fogo. Isso porque a Lua estava no ponto mais distante de sua órbita do planeta Terra. Sendo assim, seu diâmetro fica aparentemente menor do que o do Sol, tornando possível a aparição do anel. Veja o resultado:
Foto mais incrível dos últimos tempos! #Eclipse @RedBullBR @redbull pic.twitter.com/kZgGyQTyZq
— Italo Ferreira (@italoferreira) October 14, 2023
Como foi feita a foto do eclipse?
O registro, realizado com apoio das marcas Red Bull, Canon e Ford, precisou de estudos científicos e equipamentos especializados para acontecer.
A posição do surfista precisava estar alinhada milimetricamente com o posicionamento da Lua entre a Terra e o Sol. Além disso, há aproximadamente 1 km de distância do surfista, o fotógrafo utilizou rádios para comunicação, dois celulares, óculos de proteção e espelhos para fixar os olhos contra a luz do Sol, evitando o efeito sombra na imagem.
Com todo esse preparo, houve apenas uma única tentativa para capturar a cena, em cerca de 5 segundos. Antes mesmo do grande dia, Maragni testou diversas possibilidades para registrar o raro eclipse. Seus estudos começaram 4 meses antes, com visitas a mais de 20 picos e montanhas ao redor da praia para encontrar o lugar ideal, calculando a angulação exata em que o surfista deveria estar.
“Essa foi uma das fotos mais complexas que já fiz, foram trabalhosas tentativas de encontrar um local com a angulação de azimute, que é um ângulo em relação ao Norte e com uma inclinação específica de altura. Também usei dois celulares para simular um teodolito, que é um equipamento de medição de relevo; coloquei um filtro de densidade neutra na lente para diminuir a luz que entraria na câmera e usei espelhos para refletir a luz do Sol e iluminar o atleta e evitar o efeito de silhueta na imagem do Ítalo que o pôr do Sol costuma causar”, explicou o profissional.
Assista ao vídeo dos bastidores abaixo:
https://www.instagram.com/p/CycCEIQgtyR/