Junto com dieta, exercício e estilo de vida, dormir o suficiente é um dos pilares da saúde de uma pessoa. Por isso, diversas pesquisas já buscaram compreender o que garante qualidade do sono.
Além de medidas como manter uma rotina constante, deixar a iluminação baixa, evitar atividades estimulantes e se afastar das telas, um novo estudo encontrou outro aspecto ideal.
De acordo com uma pesquisa publicada na revista Science of The Total Environment, a temperatura ideal do ambiente que uma pessoa idosa dorme é entre 20 e 25 °C. Nesse cenário, o sono se torna mais eficiente e reparador.
Entenda a pesquisa
Os pesquisadores optaram por monitorar pessoas idosas dormindo porque adultos mais velhos frequentemente experimentam sono inadequado, inquieto e interrompido.
Usando dispositivos de monitoramento do sono e sensores ambientais, os pesquisadores acompanharam três indicadores principais. O primeiro foi a duração do sono, o segundo foi a eficiência e o terceiro foi o nível de agitação do sono ao longo da noite.
No total, eles coletaram dados de 50 idosos, o que somou mais de 11 mil noites de sono.
Outros achados do estudo
Em geral, a temperatura do ambiente é um fator ambiental crucial quando se trata de adormecer e manter o sono.
Junto com a baixa iluminação, a temperatura envia sinais ao corpo de que é hora de secretar neurotransmissores que facilitam o sono. No entanto, durante o sono REM, a capacidade humana de regular a temperatura é prejudicada.
Por isso, no decorrer da noite o organismo oscila entre fases em que a regulação da temperatura do corpo é diferente. Isso significa que, se a temperatura do ambiente estiver alta, o corpo não consegue se ajustar a ela e acaba despertando.
Por isso, os pesquisadores destacaram no estudo que os resultados revelaram diferenças substanciais entre indivíduos na temperatura ideal do quarto.
Além disso, eles também observaram outra tendência geral entre os participantes. Houve uma queda de 5% a 10% na eficiência do sono à medida que a temperatura ambiente noturna aumenta de 25 a 30 °C.
O sono e as mudanças climáticas
“Tanto as mudanças climáticas quanto o aquecimento induzido pelo ambiente urbano (também conhecido como efeito ilha de calor urbano) podem aumentar substancialmente as temperaturas noturnas”, afirmou o líder do estudo, Amir Baniassadi.
Ao SciTechDaily, ele complementou: “Portanto, esperamos uma queda na qualidade do sono à medida que as cidades em todo o país esquentem”.Com isso em mente, os pesquisadores planejam continuar o trabalho focando no potencial impacto das mudanças climáticas no sono de idosos, especialmente aqueles de baixa renda.