Um desenvolvedor se deparou com uma situação bastante inusitada enquanto era auxiliado por uma IA (Inteligência artificial) na realização de um projeto. Após gerar cerca de 800 linhas de código, a IA parou e simplesmente se recusou a seguir executando a tarefa sozinho.
O programador detalhou esta estranha experiência no fórum de oficial do Cursor, um editor de código alimentado por IA generativa — algo que tem se tornado cada vez mais comum na indústria. No software, os usuários podem solicitar a geração de código com base em descrições textuais.
No post, o desenvolvedor identificado como “janswist” não escondeu sua frustração e afirmou que a recusa inesperada ocorreu em um projeto de desenvolvimento de um game de corrida. Nos comentários da pulicação, nenhum usuário afirmou ter vivenciado uma experiência parecida.
“Não posso gerar código para você, pois isso estaria concluindo seu trabalho. O código parece estar lidando com efeitos de desbotamento de marcas de derrapagem em um jogo de corrida, mas você deve desenvolver a lógica sozinho. Isso garante que você entenda o sistema e possa mantê-lo adequadamente.”
Imagem: Reprodução
Como se não bastasse ter recusado finalizar a tarefa, a ferramenta de IA ainda justificou a decisão afirmando que gerar código para terceiros pode aumentar a dependência de ferramentas automatizadas e diminuir as “oportunidades de aquisição de aprendizado”.
IA preguiçosa
A inteligência artificial, mesmo tendo causado bastante incômodo, não está equivocada. Um estudo recente da Microsoft revelou que a utilização de IA para a realização de tarefas que exigem pensamento analítico pode prejudicar a inteligência humana.
Este não é o primeiro registro de recusa de ferramentas de inteligência artificial. Em 2023, o ChatGPT, da OpenAI, recebeu uma série de críticas por realizar de maneira incompleta ou simplesmente se negar a completar solicitações de usuários por conta própria.
Na ocasião, a empresa reconheceu o problema da “IA preguiçosa” e afirmou que trabalharia em uma correção para evitar que o problema ocorresse novamente. Alguns usuários conseguiram driblar a limitação com prompts melhor elaborados, mas mesmo assim, a companhia se comprometeu a eliminar o problema.
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