Impacto sofrido pela Terra gerou a Lua em poucas horas; veja vídeo

Simulação feita em supercomputador sugere que a Lua se formou logo após o choque de Theia na Terra, e não de forma gradual como se pensava antes. Amostras de solo retiradas do satélite colaboram com a hipótese
Supercomputador traz nova simulação do impacto que formou a Lua
Imagem: NASA/YouTube/Reprodução

Você já se perguntou qual é a origem da Lua? Há alguns meses, caso você direcionasse esse questionamento a um astrônomo, ele provavelmente diria que o satélite é resultado da junção de detritos que se soltaram no espaço após o impacto da Terra com outro corpo celeste. 

Mas um estudo recém publicado no The Astrophysical Journal Letters sugere que tal resposta está parcialmente errada.

O choque entre os objetos celestes realmente aconteceu há 4,5 bilhões de anos, mas simulações realizadas em um supercomputador sugerem que a Lua se formou em questão de horas após a batida, e não de forma gradual, como se pensava anteriormente. 

A nova hipótese foi levantada por cientistas do Centro de Pesquisa Ames da NASA, da Universidade de Glasgow e da Universidade de Durham.

A teoria de formação mais rápida da Lua sugere ainda uma composição interna diferente para o satélite, o que poderia explicar os motivos que levam as amostras trazidas de missões espaciais a terem características semelhantes àquelas vistas em rochas na Terra. Veja:

Vamos ao evento: quando a Terra era ainda muito nova, ela foi atingida por um objeto do tamanho de Marte, o qual foi apelidado de Theia. Se o impacto tivesse gerado detritos que gradualmente levaram a formação da Lua, seria esperado que o satélite fosse composto por materiais mais parecidos com o do corpo celeste menor. 

Não é o que acontece. A camada externa da lua é rica em material originário da Terra. Além disso, os cientistas mostraram durante as simulações que um corpo em rápida formação poderia sobreviver próximo a Terra, sem ser despedaçado devido a influência gravitacional do planeta. Dessa forma, a Lua teria entrado em sua órbita e permanecido até hoje. 

A NASA pretende trazer mais amostras do satélite durante as futuras missões do Programa Artemis, o que poderá ajudar os cientistas a elucidar a origem da Lua. Tendo tais informações, também ficará mais fácil para os pesquisadores obter detalhes sobre o passado da própria Terra e sua evolução no Universo.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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