Intel completa 8ª geração de processadores com chips que vão equipar laptops superfinos

Já faz quase um ano que a Intel lançou a 8ª geração de seus processadores. Agora, finalmente, a companhia parece completar a linha com uma série de CPUs voltadas para laptops superfinos e 2-em-1. O pulo do gato é que as maiores melhorias não estão na velocidade de processamento, mas no Wi-Fi. • Intel quer […]

Já faz quase um ano que a Intel lançou a 8ª geração de seus processadores. Agora, finalmente, a companhia parece completar a linha com uma série de CPUs voltadas para laptops superfinos e 2-em-1. O pulo do gato é que as maiores melhorias não estão na velocidade de processamento, mas no Wi-Fi.

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No material liberado pela Intel que detalha as novas CPUs série-U e série-Y pouco é dito sobre o quão mais rápidas são essas CPUs em tarefas do dia a dia. Por outro lado, eles não economizaram linhas para contar sobre a adição do Gigabit Wi-Fi.

Em CPUs voltadas para produtos maiores – como laptops baratos ou desktops – essa seria uma estratégia boba. Esses dispositivos podem muito bem ter um módulo de terceiros que lide com o Wi-Fi.

Mas esses chips série-U e série-Y são voltados para aparelhos superfinos, onde o espaço vale muito. Ter o Gigabit Wi-Fi (também conhecido como 802.11ac) embutido torna esses chips mais atraentes para as fabricantes de notebooks que poderão eliminar mais milímetros de seus dispositivos.

Então, o que isso significa para você e para mim – consumidores à mercê das fabricantes? Na teoria, deve significar laptops e dispositivos 2-em-1 mais finos e com maior autonomia de bateria. Se a bateria precisa alimentar apenas um chip, e não precisa gerenciar energia para um módulo de Wi-Fi separado, certamente haverá mais eficiência – além disso, as fabricantes podem aproveitar o espaço liberado para colocar baterias maiores.

Na verdade, a Intel afirma que seu novo processador da linha série-U consegue ter uma autonomia estimada de 16 horas caso o brilho da tela do computador esteja em 200 nits e a tarefa realizada seja a reprodução de um vídeo na resolução 1080p. É um ótimo número para uma CPU da Intel, que tende a consumir mais energia do que uma CPU Qualcomm Snapdragon, que algumas fabricantes de laptops Windows têm utilizado neste ano.

Mas além de velocidades maiores no Wi-Fi (que, vamos ser sinceros, nunca é demais) e autonomia de bateria, esses novos chips não parecem ser muito mais rápidos do que a atual geração. Nos materiais liberados pela Intel, todas as comparações de velocidade colocava a nova geração contra sistemas lançados há cinco anos.

Então, embora a afirmação de que esses novos processadores sejam duas vezes mais rápidos do que um sistema lançado há cinco anos possa impressionar, ela não nos dá a compreensão sobre sua velocidade comparado com as CPUs de 7ª geração.

Quando o Gizmodo pressionou a Intel a dar mais detalhes, a empresa nos disse que as melhorias de velocidade para esses chips de 8ª geração contra os de 7ª geração estavam em “dois dígitos”. Temos uma ampla possibilidade de melhoria de velocidade aqui!

Eles esclareceram depois que, quando comparados com os chips da série-U de 7ª geração, as novas CPUs série-U de 8ª geração eram cerca de 50% mais velozes. Quando comparados com as CPUs série-U Kaby Lake R de 8ª geração, que a Intel lançou em agosto, os novos processadores eram cerca de 10% a 15% mais rápidas.

Foram anunciados no total seis chips diferentes. As CPUs da série-U são baseadas na arquitetura Whiskey Lake – uma adaptação da arquitetura Kaby Lake encontrada na 7ª geração de processadores da Intel. Haverá um i7-8565U com clock máximo de 4.6GHz, um i5-8265U com clock máximo de 3.9GHz e um i3-8165U com clock máximo de 3.9GHz.

Esses três chips possuem um TDP de 15W. CPUs de 15W geralmente são encontrados nos laptops mais finos do mercado, onde a velocidade é sacrificada pelo design. Eles são, basicamente, um pequeno avanço em relação às CPUs da série-U de 8ª geração atuais, que foram anunciados em agosto – que eram baseados na arquitetura Kaby Lake R e estão disponíveis em dispositivos como o Dell XPS 13 e Razer Blade Stealth.

Mas se assegure de anotar qual é a CPU que a fabricante do seu laptop afirma ter incluído no pacote. A série-U agora tem um misto de processadores com a arquitetura mais antiga Kaby Lake R (que não tem a melhoria na velocidade do Wi-Fi) e há também o Whiskey Lake (que possui o Gigabit Wi-FI). Vale a pena checar isso. Um jeito fácil de verificar qual arquitetura está sendo usada é olhar o último número que aparece depois da letra “U”. CPUs mais antigas com Kaby Lake R terminam em zero, enquanto as mais novas com Whiskey Lake terminam em cinco.

Mas para aqueles dispositivos em que a espessura realmente importa, é provável que as fabricantes optem pela nova série-Y, baseada na arquitetura Amber Lake. Novamente, essa arquitetura é uma adaptação da Kaby Lake. Esses chips são todos CPUs 5W, voltados para 2-em-1 superfinos (pense no Surface Pro mais barato) e laptops (como o Apple MacBook). Assim como a série-U, há três chips. Um i7-8500Y com clock máximo de 4.2GHz, um i5-8200Y com clock máximo de 3.9GHz e um m3-8100Y com clock máximo de 3.4GHz.

A IFA, a maior feira de eletrônicos da Europa, está prestes a começam em Berlim, e diversas fabricantes de laptops devem anunciar novidades com esses chips. Se você está ansioso pela chegada da 8ª geração, a expectativa é que esses produtos cheguem às prateleiras até o final do ano. Mas é bom lembrar que o Gigabit Wi-Fi só funciona com um roteador que suporte 802.11ac.

Imagem do topo: Um close das CPUs para desktop com arquitetura Coffee Lake – também da 8ª geração de processadores da Intel. Créditos: Alex Cranz (Gizmodo)

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