LastPass vai remover recursos importantes de modo gratuito
Se você usa o modo gratuito do LastPass, tenho más notícias. A partir de 16 de março só poderá utilizá-lo no computador ou em um dispositivo móvel. E, para piorar, a partir de 17 de maio, quem não paga também não terá mais direito a suporte por e-mail.
O que tá rolando, LastPass?
“Seu primeiro login irá definir o tipo de dispositivo que você pode usar gratuitamente. Depois você terá apenas três oportunidades para mudar para o que for melhor para você”, diz a empresa em um post em seu blog.
Embora também vá retirar o suporte por e-mail, o LastPass diz que os usuários vão ter acesso à página de FAQs que tem uma “robusta biblioteca de recursos de orientação” além dos fóruns da comunidade que são “monitorados por especialistas”. É basicamente um ultimato para as pessoas se virarem ou pagarem.
O LastPass Premium custa US$ 3 (R$ 16 na cotação atual) por mês e é cobrado anualmente, o que custaria US$ 36 (R$ 187). O plano mais caro é o familiar, que sai por US$ 4 por mês (R$ 21) ou US$ 48 (R$ 257). Até 16 de março eles oferecem um desconto para o Premium, que sai por US$ 2,25 (R$ 12) mensais ou US$ 27 (R$ 145) anuais.
Infelizmente, não é exatamente uma surpresa que o LastPass queira arrancar alguns dólares a mais dos usuários que se acostumaram com múltiplos dispositivos. Há robustos gerenciadores de senha no Chrome, Firefox e Safari de graça, mas são limitados aos navegadores. Muitos dos recursos que fariam você procurar por um gerenciador de senhas à parte — como suporte a diversos usuários e compartilhamento de senhas — requerem uma assinatura paga. Competidores como Dashlane e Keepr também já limitam o acesso a apenas um dispositivo para seus usuários gratuitos.
No entanto, uma das maiores forças do LastPass foi justamente oferecer recursos gratuitos que você só encontrava em alternativas pagas. Considerando que há mais gente online e desempregada durante a pandemia, um gerenciador de senha gratuito é indispensável.
Se o LastPass quisesse ser generoso poderia ter mantido os recursos a usuários antigos enquanto impunha a restrição apenas para os novos. Em vez disso está usando as pessoas a pagarem por recursos que elas já usavam de forma gratuita em um momento em que ninguém pode gastar mais. Isso é bem chato.