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LinkedIn chega aos 20 anos apostando em novos recursos guiados por IA

Plataforma LinkedIn celebra duas décadas de história nesta sexta-feira (5). Confira como foi criada a maior rede social de empregos do mundo

LinkedIn chega aos 20 anos: prós e contras da rede social de empregos

Imagem: Unsplash/Reprodução

Nesta sexta-feira (5), o LinkedIn completa 20 anos de existência, com uma história mais antiga do que algumas das plataformas mais populares da internet, como Facebook ou Twitter.

Atualmente, o LinkedIn tem mais de 930 milhões de usuários e gera quase US$ 14 bilhões em receita — marcando um aumento de 34% em 2022. Embora seja um negócio muito menor do que o da empresa Meta, que teve uma receita anual de quase US$ 117 bilhões no ano passado, o LinkedIn tem um monopólio de usuários focada em negócios.

A rede social foi criada em 5 de maio de 2003, por Reid Hoffman, um empreendedor e investidor que já havia trabalhado na Apple, na Fujitsu e no PayPal. A plataforma foi um das primeiras gigantes das redes sociais a surgir do colapso da tecnologia dos anos 2000, durante o chamado estouro da bolha da internet.

Ao longo desses 20 anos, o LinkedIn passou por diversas mudanças e inovações, sempre buscando se adaptar às novas demandas e tendências do mercado de trabalho. O site incorporou recursos como vídeos, stories, lives, newsletters, podcasts e eventos online. Também lançou novas ferramentas como o LinkedIn Learning, o LinkedIn Sales Navigator e o LinkedIn Talent Insights.

Primeiros anos do LinkedIn

Em apenas um ano após o seu lançamento, o LinkedIn já tinha 1 milhão de membros. Isso era inesperado, uma vez que as redes sociais ainda não eram populares em 2004. A partir daí, a plataforma continuou a crescer exponencialmente.

A primeira interface do site do LinkedIn. Imagem: LinkedIn/Divulgação

Naquela época, o foco principal do LinkedIn era melhorar a experiência do usuário em vez de apenas obter lucros. Reid Hoffman orientou sua equipe a se concentrar em tornar o aplicativo o melhor possível.

O primeiro grande desafio do LinkedIn foi convencer as pessoas de que era seguro e vantajoso expor seus dados profissionais na internet. Na época, muitos achavam que isso poderia prejudicar sua reputação ou causar problemas com seus empregadores.

Com o passar dos anos, o site ficou popular e adicionou novos recursos. A equipe sabia que teria que começar a cobrar o seu uso em algum momento. Porém, Reid não queria tornar o site exclusivo para usuários pagantes, mas, por outro lado, queria oferecer alguns recursos especiais mediante o pagamento de uma taxa.

Expansão do LinkedIn e a compra pela Microsoft

O LinkedIn Premium, lançado em 2005, passou a oferecer recursos extras e capacidades de pesquisa aprimoradas que muitos profissionais e empresas ainda usam hoje. Isso ajudou a plataforma a crescer ainda mais.

A expansão internacional do LinkedIn também permitiu a popularização da rede social. Em 2008, o LinkedIn abriu seu primeiro escritório internacional em Londres e lançou versões em outros idiomas, como francês, alemão e espanhol.

Em 2010, o LinkedIn já tinha mais de 90 milhões de usuários, quando lançou o seu aplicativo móvel para iPhone e Android.

Em 2005, a pequena equipe do LinkedIn comemora a marca de dois milhões de usuários, dois anos após o lançamento da plataforma. Imagem: LinkedIn/Divulgação

Também em 2010, o LinkedIn lançou sua versão em português, atraindo milhões de usuários no Brasil e em Portugal. Hoje, o LinkedIn é a segunda rede social mais popular na América Latina, atrás apenas do Facebook.

O LinkedIn abriu seu capital em 2011 a um preço por ação de U$$ 45, avaliando a empresa em US$ 4,5 bilhões. Apesar do momento arriscado, devido à economia instável, eles se concentraram em seus pontos fortes e se mantiveram à tona.

A expansão do LinkedIn foi tamanha ao ponto de chamar a atenção da Microsoft. Em 2016, a empresa fundada por Bill Gates comprou o LinkedIn por US$ 26,2 bilhões. Apesar da aquisição, o LinkedIn manteve sua marca e independência, e seu CEO permaneceu em sua posição.

Próximos 20 anos do LinkedIn devem focar em recursos IA

A história do LinkedIn também foi marcada por iniciativas revolucionárias na indústria de tecnologia. Ele foi um investidor precoce em recursos de aprendizado de máquina, quando lançou a função “Pessoas que você talvez conheça”, em 2007.

O LinkedIn também criou o Kafka, uma tecnologia de registro de dados para evitar recomendações repetitivas devido à capacidade computacional limitada. O Kafka é agora usado na indústria de tecnologia para rastrear atividades.

Contudo, o uso precoce de algoritmos pelo LinkedIn levantou preocupações éticas, pois seu recurso “Pessoas que você talvez conheça” incentivava solicitações de conexão spam. No entanto, uma atualização em 2015 melhorou o recurso ao recomendar pessoas que provavelmente aceitariam convites para se conectar. Essa mudança teve um impacto significativo na plataforma.

A equipe do LinkedIn, em 2018, se esforçou para garantir um tratamento justo para os candidatos a vagas de emprego. Os sistemas de IA foram modificados e os gerentes tiveram a opção de ocultar fotos para evitar contratações tendenciosas. Os engenheiros também têm acesso a uma ferramenta para identificar possíveis problemas com tratamento desigual.

O LinkedIn está agora considerando adotar ainda mais tecnologia de IA, depois que o CEO da Microsoft, Satya Nadella, expressou seu desejo de que todos os aplicativos da empresa utilizem recursos de inteligência artificial, incluindo os do LinkedIn.

Jeff Weiner, CEO do LinkedIn de 2009 a 2020, com Satya Nadella e Reid Hoffmann, após a Microsoft comprar o LinkedIn em 2016. Imagem: LinkedIn/Divulgação

Segundo o LinkedIn, a plataforma tem como visão criar um mundo onde todos tenham acesso a oportunidades econômicas. Para tal, o LinkedIn pretende continuar a conectar profissionais e empresas, promover o aprendizado contínuo e apoiar o desenvolvimento de carreira dos seus usuários. O LinkedIn também tem como meta alcançar 1 bilhão de usuários até 2025 e se tornar em uma plataforma cada vez mais diversa, inclusiva e socialmente responsável.

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