“Livro dos Mortos” é descoberto em cemitério de 3 mil anos no Egito
Cientistas descobriram um cemitério com 3.500 anos de idade que contém um papiro do “Livro dos Mortos”. Esse famoso texto funerário da antiga religião egípcia foi descoberto por arqueólogos do Ministério do Turismo e da Antiguidades do Egito.
Segundo os pesquisadores, o cemitério data do período do Novo Império (por volta de 1500 a.C e 1070 a.C). No local, segundo o comunicado das autoridades do Egito, estão múmias, amuletos e ‘shabtis’, figuras dedicadas a pessoas mortas.
Esses pergaminhos eram um componente comum de sepultamentos no antigo Egito. Seus encantamentos eram uma forma “segura de viagem” sobrenatural, de acordo com Sara Cole, curadora assistente do Departamento de Antiguidades do Museu J. Paul Getty, ao The New York Times.
Ela explica que encontrar uma cópia do “Livro dos Mortos” não é tão incomum. Mas é “muito raro” encontrar um ainda no túmulo onde foi enterrado.
O “Livro dos Mortos” encontrado no cemitério tem cerca de 13 a 15 metros de comprimento. Arqueólogos têm escavado o local desde 2017, que já era reconhecida como uma “cidade dos mortos”.
O cemitério está localizado em Tuna al-Gebel, entre o Baixo e o Alto Egito, remonta ao Novo Reino (por volta de 1550 a 1070 a.C.).
Entenda o que é o “Livro dos Mortos” encontrado no Egito
O “Livro dos Mortos” é um nome atualmente dado a uma variedade de textos que serviam a diversos propósitos, incluindo auxiliar os mortos na navegação pelo submundo.
O nome que os antigos egípcios deram a esses textos é às vezes traduzido como o “Livro da Saída do Dia”. Exemplares de trechos do “Livro dos Mortos” eram ocasionalmente enterrados com o falecido.
Esse exemplar encontrado agora pode ser um dos primeiros casos de descoberta do “Livro dos Mortos” junto de um cemitério.
Eles eram muito caros porque você tinha que escrever seu nome no pergaminho para que funcionasse. Alguns foram escritos a partir de um modelo para que o nome do falecido pudesse ser acrescentado em um espaço em branco.
Os mais ricos, entretanto, podiam escolher quais feitiços queriam incluir, tornando esses pergaminhos únicos.