Mapa interativo do Brasil mostra as cidades com ar mais poluído
As queimadas que deixaram Manaus, capital do Amazonas, encoberta por uma densa nuvem branca de fumaça, chamaram a atenção sobre a poluição do ar — e as proporções que o problema podem alcançar. Agora, é possível acompanhar a qualidade do ar no Brasil (e no mundo) em um mapa interativo.
O material foi produzido pela IQAir, empresa especializada em proteção contra poluentes atmosféricos, e reúne dados de órgãos públicos, de satélites e também de ONGs, como o Greenpeace.
Esses dados são usados para formar um mapa interativo que você pode acessar no site ou via aplicativos iOS e Android. No mapa, é possível rastrear a qualidade do ar de qualquer região do Brasil e no mundo.
A plataforma usa cores para representar a qualidade do ar atual em determinada região do país. Se estiver saudável, mostrará um rosto sorridente. Se a qualidade do ar cair para uma taxa ruim, aparece um rosto usando uma máscara.
Cidade com o ar mais poluído do Brasil
Com todos seus prédios e trânsito caótico, São Paulo leva a fama de ser o local com a pior qualidade do ar do Brasil. Mas a verdade é que, mesmo com a maior cidade do Brasil figurar entre as mais poluídas, o topo do ranking fica com outro município, bem distante de São Paulo.
A liderança com a pior qualidade de ar do Brasil é com a cidade de Acrelândia, um município do estado do Acre com pouco mais de 15 mil habitantes.
A cidade, localizada na região de bioma Amazônico, é fortemente prejudicada pelas queimadas e destruição da floresta. Além disso, ela fica cercada de outras cidades que contam com uma qualidade do ar longe do ideal, como Porto Velho, em Rondônia, e Senador Guimard, também no Acre.
Qualidade do ar está cada vez pior
Em um relatório de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que 99% da população mundial respira ar que excede as diretrizes de poluição recomendadas.
Globalmente, os países de baixa e média renda ainda apresentam maior exposição a níveis insalubres de material particulado em comparação à média mundial. Mas os padrões de dióxido de nitrogênio (NO2) são diferentes, mostrando menor diferença entre os países de alta e baixa e média renda.