Mundo vive “epidemia de solidão”: um quarto das pessoas se sente só
Um novo levantamento da Meta e do instituto de pesquisa Gallup em 142 países revelou que quase uma em cada quatro pessoas no mundo se sente sozinha. O número representa mais de mil milhões de pessoas, e os jovens são os mais afetados. O relatório completo sobre o Estado das Conexões Sociais estará disponível em 1º de novembro.
De acordo com a Meta-Gallup, os resultados indicam que os adultos jovens (19 a 29 anos) são os que mais se sentem sozinhos, com 27% deles se considerando “muito ou bastante solitários”. Já as taxas mais baixas estão entre os adultos mais velhos (65 anos ou mais), com apenas 17%.
Além disso, a maioria das pessoas com 45 anos ou mais diz não se sentir solitária, enquanto menos de metade das pessoas abaixo dos 45 anos diz o mesmo. E, no geral, o resultado ainda é positivo: ao todo, 49% dos entrevistados, aproximadamente 2,2 mil milhões de pessoas, não se sentem solitárias.
Homens e mulheres também apresentam quase os mesmos níveis de solidão na maioria dos países: 24% de ambos os grupos se consideram muito ou bastante solitários. Entretanto, ainda há mais países com taxas maiores de solidão para mulheres, com 79, do que para os homens, com 63 países.
O impacto mundial da solidão
Segundo a Gallup, números podem ser ainda maiores, já que a pesquisa não foi realizada na China, o segundo país mais populoso do mundo. Vale lembrar que, este ano, outro país asiático, a Coreia do Sul, anunciou uma forma inusitada de combater a solidão entre os jovens. Instituiu um auxílio de 650 mil wons (cerca de R$ 2.400).
Isso porque o isolamento pode fazer mal à saúde. Órgãos como a OMS (Organização Mundial de Saúde) já se pronunciaram sobre o tema, enquanto um levantamento feito em Hong Kong já associou a solidão e a depressão ao envelhecimento precoce.
Além disso, em idosos, a solidão aumenta quatro vezes a prevalência de depressão. Saiba mais no Giz Brasil.