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Com três anos de atraso, Nintendo Switch chegará oficialmente ao Brasil por R$ 2.999

Três anos após o lançamento, a Nintendo agora traz oficialmente o seu console Nintendo Switch ao mercado brasileiro.

Nintendo Switch

Imagem: Gizmodo

Foram três anos desde o lançamento original, mas agora o Nintendo Switch enfim chegará oficialmente ao Brasil. Pelo Instagram, a conta brasileira da marca confirmou que o console chegará ao País em 18 de setembro. Jogadores poderão comprar o aparelho nas principais varejistas nacionais, entre elas Submarino, Americanas e Magazine Luiza.

Também foi revelado o preço do dispositivo (via The Enemy): R$ 2.999. Surpreendentemente, o valor é menor do que o praticado por terceiros na internet, já que, até então, você só conseguia comprar um Switch por importação ou no mercado cinza. É o caso do Mercado Livre, onde vendedores comercializam o console entre R$ 3.500 e R$ 4.200. Se você levar junto com algum jogo, o preço salta para quase R$ 5.000.

É importante destacar que a versão do Nintendo Switch que será lançada no Brasil já é o modelo revisado do ano passado, que tem como principal mudança uma maior duração de bateria. Na embalagem estão inclusos um cabo HDMI, um adaptador AC para o Brasil, uma base para o Switch e um panfleto de instruções rápidas traduzido em português.

Além do Switch, a Nintendo confirmou que lançará os controles Joy-Con, por R$ 499, e o Controle Pro, por R$ 469. Eles são vendidos separadamente. Os valores são altos, mas também são um balde de água fria nos preços que você encontra em outros sites. Lá no Mercado Livre, por exemplo, tem vendedor oferecendo os Joy-Con originais por até R$ 900. Esse é o preço médio do Controle Pro, embora o número de anúncios seja bem menor.

Quanto aos títulos, a companhia ainda não se pronunciou sobre edições físicas, mas disse que os consumidores brasileiros poderão comprar seus games pela Loja Nintendo, já localizada para o português do Brasil e com preços em reais. O jogador adquire o jogo por um navegador de internet e recebe um código para baixar o game no console.

De volta

O próximo dia 18 de setembro não marca apenas o lançamento do Switch no Brasil, mas o retorno oficial da Nintendo ao País, cinco anos após sua saída. Na época, em janeiro de 2015, Bill van Zyll, diretor da Nintendo para a América Latina, justificou a decisão culpando os altos impostos brasileiros, que tornavam o negócio inviável para a empresa por aqui.

Imagem: Nintendo

Agora que está de volta, a Nintendo afirma que isso só foi possível graças à redução de alguns impostos, tornando o mercado brasileiro novamente atrativo para a companhia. Os consoles vendidos no País ainda serão importados, e a marca diz que, por enquanto, não considera fabricá-los localmente.

“Nós estamos trabalhando com um modelo de distribuição simplificado e mais direto. Nós selecionamos os parceiros cuidadosamente e queremos garantir que aprendemos com as experiências do passado, para que possamos construir algo que seja sustentável e que possamos expandir”, disse van Zyll ao The Enemy.

Na prática? O retorno da Nintendo não traz grandes mudanças para os fãs da marca no Brasil. Claro, o Switch chega por um preço mais barato do que aquele vendido por vias não-oficiais, mas é quase o dobro do valor que você conseguia encontrar até o começo do ano passado. A alta do dólar e a desvalorização do real certamente pesaram em tudo isso.

Outro exemplo são os jogos. O fato do Switch ser lançado no Brasil não significa que os jogos serão lançados em versão física. O próprio van Zyll disse que a estratégia inicial é se focar inteiramente no digital, seja pela Loja Nintendo ou por lojas parceiras no varejo nacional. O mesmo vale para games traduzidos localmente (legendas e dublagem), o que, segundo o executivo, ainda não irá acontecer porque “o desafio com a localização vai além da tradução, é acertar o contexto, acertar o humor”, algo que a Nintendo “está muito focada e consciente”.

Então sim, é ótimo saber que a Nintendo está se esforçando para trazer seus produtos oficialmente ao Brasil. Mas é melhor olhar muita cautela, já que tudo isso ainda vai pesar (e muito) no bolso do consumidor.

[The Enemy]

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