Em março, Elon Musk assinou uma carta aberta para frear o crescimento do ChatGPT. Em maio, Steve Wozniak, co-fundador da Apple, disse que estava preocupado com a IA. Agora, pesquisadores, engenheiros e CEOs do ramo emitiram uma declaração sobre a ameaça que a inteligência artificial pode representar para a humanidade.
O alerta compara a IA com grandes perigos enfrentados mundialmente, como pandemias e guerras nucleares.
“Mitigar o risco de extinção pela IA deve ser uma prioridade global, juntamente com outros riscos em escala social, como pandemias e guerra nuclear”, diz um trecho mensagem.
“Especialistas em IA, jornalistas, formuladores de políticas e o público estão discutindo cada vez mais um amplo espectro de riscos importantes e urgentes da IA. Mesmo assim, pode ser difícil expressar preocupações sobre alguns dos riscos mais graves da IA avançada. A declaração sucinta visa superar esse obstáculo e abrir a discussão. Também visa criar conhecimento comum do crescente número de especialistas e figuras públicas que também levam a sério alguns dos riscos mais graves da IA avançada.”
A publicação é da organização sem fins lucrativos de São Francisco “Center for AI Safety”. A declaração foi co-assinada por figuras como o CEO do Google DeepMind, Demis Hassabis, e o CEO da OpenAI, Sam Altman. Além disso, Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio, pesquisadores de IA vencedores do Prêmio Turing de 2018, também incluíram seus nomes no comunicado.
Quais são os riscos da IA?
Embora seja improvável que a IA substitua totalmente os seres humanos, com o crescimento de ferramentas como o ChatGPT e Midjourney, problemas já começaram a surgir. Além de serem treinadas através de conteúdo da internet, resultando em disputas legais por direitos autorais, as IAs também têm sido utilizada para a criação de deepfakes – técnica capaz de acrescentar o rosto ou voz de uma pessoa a um vídeo existente, por exemplo -, que reforçam a disseminação de fake news, como no caso das fotos virais da jaqueta do Papa Francisco. Usuários de aplicativos também denunciam problemas em relação à privacidade de dados.
Este mês, líderes do G7, começaram uma movimentação para estabelecer padrões para ferramentas de IA. Apesar dos pontos negativos, a inteligência artificial ainda pode ter formas positivas de uso: saiba como ela pode ajudar a melhorar a medicina.