Nuvem continua sendo a maior fonte de receita da Microsoft; Office e Windows também apresentam alta
Na última quarta-feira (29), a Microsoft revelou seus resultados do segundo trimestre do ano fiscal de 2020, superando as expectativas do mercado com uma receita de US$ 36,9 bilhões (alta de 14%) e lucro de US$ 11,6 bilhões (alta de 38%).
Quem lidera esse movimento ascendente da empresa é a computação em nuvem. A receita do Microsoft Azure cresceu 62% em comparação ao mesmo período no ano passado. Ou seja, parece que a estratégia da Microsoft de se livrar, aos poucos, de seus antigos produtos para focar em nuvem tem funcionado. Com o fim do Windows 7, por exemplo, muitos usuários já estão sendo forçados a atualizar para o Windows 10.
Outro serviço que apresentou crescimento em receita foi o Office 365. A Microsoft faturou 27% a mais com assinaturas do pacote em relação ao ano passado. Até mesmo o LinkedIn, que virou propriedade da empresa, cresceu 24%. Já os dispositivos Surface tiveram um aumento de apenas 6%, enquanto os produtos digitais do Xbox caíram 11% em relação ao início de 2019 (o que não deve ser uma grande preocupação para a Microsoft, considerando que a empresa pretende lançar um novo console este ano).
No geral, o último trimestre trouxe uma colheita muito positiva para a Microsoft. De acordo com o analista da Mizuho Gregg Moskowitz, consultado pela agência de notícias Associated Press, parte desse sucesso pode ser atribuído ao contrato do serviço em nuvem JEDI (Joint Enterprise Defense Infrastructure) firmado com o governo norte-americano. O Departamento de Defesa dos EUA ofereceu US$ 10 bilhões para a Microsoft fornecer serviços de nuvem para armazenar e processar grandes quantidades de dados sigilosos do serviço militar do país durante a próxima década.
Além dos resultados que já estão se manifestando nos números da empresa, o projeto pode ser uma grande oportunidade a longo prazo. Afinal, caso a experiência seja bem-sucedida, a Microsoft pode usá-la como modelo para se aproximar de outras agências governamentais e grandes corporações no futuro.
[AP, TechCrunch]