Outra turbulência extrema em avião: o que fazer dentro da cabine
Na madrugada desta segunda-feira (1º), uma turbulência em um avião que seguia de Madri (Espanha) para o Uruguai deixou 30 passageiros feridos. O avião Boeing 787-9 Dreamliner da companhia Air Europa fez um pouso de emergência em Natal (RN), no Brasil. Segundo a empresa, o pouso emergencial ocorreu por razões de segurança e “devido à natureza da turbulência”.
A equipe médica do Samu de Natal informou que, durante a turbulência, os passageiros do avião bateram a cabeça e tinham lesões no rosto, fraturas na cervical e dores no tórax.
Segundo a Air Europa, sete passageiros do voo tiveram lesões de graus variados e um número indeterminado de pessoas tiveram “pequenas contusões”.
Turbulência
Conforme as informações da companhia aérea Air Europa e do aeroporto, o que causou o pouso emergencial do avião foi uma turbulência.
A turbulência é um movimento instável de ar, que ocorre por mudanças na velocidade e direção do vento. Dependendo do grau de intensidade, uma turbulência pode causar mudanças drásticas na altitude e velocidade de um avião.
Há quatro graus de intensidade para turbulências: leve, moderada, severa e extrema.
Casos de turbulência extrema podem fazer os pilotos perderem o controle do avião e causar danos estruturais, além de ferimentos na tripulação e nos passageiros.
O tipo mais perigoso é a turbulência de ar claro, ocorrendo geralmente sem haver sinais visíveis no céu.
De acordo com uma pesquisa recente da Universidade de Reading, o número de turbulências está aumentando devido às mudanças climáticas, especificamente pelas emissões de dióxido de carbono que afetam as correntes de ar.
Segundo pesquisadores, nos próximos anos, veremos mais turbulências que deixando passageiros feridos.
O que fazer durante uma turbulência
As empresas desenvolvem os aviões para suportar condições extremas de clima para evitar danos estruturais durante turbulências. No entanto, uma turbulência pode causar ferimentos nas pessoas dentro do avião, incluindo fraturas graves no corpo.
Para se proteger durante uma turbulência, especialistas ressaltam o uso do cinto de segurança e afirmam que é melhor ficar sentado para reduzir os riscos. Segundo a Embry-Riddle Aeronautical University, usar o cinto de segurança é comprovadamente eficaz para reduzir as chances de lesões.
Em uma turbulência severa, o movimento vertical do avião supera a força da gravidade, colocando em risco a segurança dos passageiros, sobretudo os que não estiverem usando o cinto.
A tripulação deve se antecipar às consequências da turbulência, priorizando assegurar que itens grandes sejam removidos da cabine. Além disso, os banheiros da cabine devem estar desocupados.
A tripulação é mais exposta ao risco de lesão por turbulência, devendo, portanto, garantir sua segurança logo após checar a segurança da cabine.