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Para dar zoom: NASA divulga foto de alta resolução de rochas de asteroide

Depois de meses, agência conseguiu abrir equipamento da OSIRIS-REx e divulgar fotos do restante das amostras de rochas de asteroide Bennu

Para dar zoom: NASA divulga foto de alta resolução de rochas de asteroide

Depois de quatro meses tentando, a equipe de curadoria de astromateriais no Centro Espacial Johnson da NASA, em Houston, conseguiu desmontar a cabeça do amostrador OSIRIS-REx. Dentro do equipamento está o restante da porção do asteroide Bennu.

Para registrar o feito, os líderes do projeto registraram em fotografia de alta resolução o dispositivo aberto (imagem aqui). Na foto, é possível ver detalhes do material do asteroide. De acordo com os cientistas, a ideia é lançar um catálogo de todas as mostras do Bennu ainda este ano.

Desafios da missão

Essa foi a primeira tentativa da NASA de recuperar uma amostra de um asteroide no espaço. Por isso, os detritos de asteroide Bennu precisavam ser bem preservados, a fim de sobreviver à jornada de retorno.

Dessa forma, os fragmentos coletados foram selados dentro da cabeça redonda de um amostrador, que fica na ponta do braço utilizado pela sonda para capturar o material. Chamado de TAGSAM (Mecanismo de Aquisição de Amostras Touch-and-Go, em inglês), o equipamento fez com que a equipe de cientistas quebrasse a cabeça desde que o contêiner pousou no deserto de Utah, em setembro de 2023.

Aos poucos, eles testaram diferentes maneiras de abrir o dispositivo. Até dezembro, a equipe conseguiu encontrar 70 gramas de poeira e detritos pretos no recipiente, mais do que a meta da NASA.

Mas, agora, os cientistas desenvolveram novos equipamentos para explorar a sonda espacial. Assim, em 10 de janeiro conseguiram abrir a cabeça do contêiner. Lá dentro, estão rochas intactas que, somadas ao que já haviam extraído, resultam em uma massa de 250 gramas do asteroide Bennu. Veja abaixo.

(Imagem: NASA/Erika Blumenfeld & Joseph Aebersold/ Reprodução)

Próximos passos

Bennu é um pequeno asteroide próximo à Terra que se aproxima do planeta a cada seis anos aproximadamente. Como as rochas espaciais contêm pistas sobre a origem do sistema solar, o material coletado pela NASA pode responder a perguntas cruciais sobre como o globo terrestre se formou.

Até agora, as rochas analisadas já indicaram que há abundância de carbono e água em Bennu. Isso confirma a teoria de que os blocos de construção da vida podem ter chegado à Terra por meio de asteroides.

Com a amostra fora do TAGSAM, será possível que mais cientistas analisem suas características.

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